Malu

Grazi Massafera

A atriz deu um tempinho nas gravações da novela para falar sobre maternidad­e

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Aos 35 anos, mãe de Sophia, 5 anos, Grazi é uma das atrizes mais requisitad­as de sua geração. Ela é prova de que, com dedicação e estudo – além de talento, claro! –, é possível vencer e conquistar papéis importante­s e notórios. Interpreta­ndo Lívia, em O Outro Lado do Paraíso, que terá uma grande virada em breve na trama, ela é sucesso! E como mãe também. Por isso, Malu bateu um papo com ela, que você confere agora!

Sua personagem, por enquanto, não pode ter filho. Você já teve esse medo?

“Acho que toda mulher já passou por isso. Eu, como canceriana, tinha medo. Eu acho que toda canceriana tem medo disso.”

Você se cobra muito como mãe?

“É a minha prioridade! Uma historinha que eu conto é que, na fase que minhas amigas tinham nove anos de idade, elas colocavam limões no sutiã da mãe, sabe? Vocês já brincaram com o sutiã da mãe de vocês? Elas colocavam limões para ter peitinhos. Eu colocava barriga de grávida. Meu pai falava: ‘que estranha essa menina’. Ele se preocupava. Mas eu sempre tive o foco que eu tinha que ter a minha independên­cia financeira para eu ter o meu primeiro filho. E assim poder ter mais tempo com ela, no caso. Minha carreira aconteceu até mais depois que eu me tornei mãe. Olha que ironia do destino!

“Mais do que se cobrar, você tem que dar o exemplo ao seu filho.”

Eu ganhei muita maturidade. A gente ganha outro sentido na vida depois da maternidad­e. Eu sempre tive esse instinto muito maternal.”

É verdade que você vai dar um tempo na carreira para ter o seu segundo filho?

“Não tem nada planejado. Que eu tenho vontade de ter mais um filho, isso é real. Mas eu não tenho data, não tenho nada planejado. Eu queria quatro, mas não posso. O mundo está tão perigoso que eu não penso em ter o terceiro, mas o segundo ainda quero.”

Você é a mãe que você sonhou ser?

“Sim, eu acho que eu venho me tornando. Eu tenho a minha mãe como um exemplo muito bonito. Minha mãe sempre foi a nossa amiga, mas ela tinha autoridade. Quando vira muito amiguinha, tem que tomar cuidado para não perder a autoridade. Minha mãe sempre conseguiu encontrar esse equilíbrio e falar sobre todos os assuntos polêmicos, drogas e tudo mais, de uma maneira tão simples que deu direcionam­ento pra gente. Um lugar muito bonito que ela plantou na gente é que a nossa autoestima não vem da nossa aparência. A autoestima vem no que a gente representa na família, no amor que a gente recebe. Consegue entender? A minha autoestima nunca foi na minha aparência, aí já tira um pouco de vários riscos que a gente corre durante a vida. A minha autoestima vem do lugar que eu ocupo dentro da minha família e no amor que eu recebo ali.”

Qual o seu maior desafio em relação à criação de sua filha?

“É o equilíbrio da vida profission­al e a pessoal, que inclui muito a maternal. Quando eu falo de dar um tempinho é para dar uma descansadi­nha. Para não emendar tanto o trabalho (venho de três novelas seguidas), para eu dar atenção à minha filha. Eu adoro a vida que eu tenho, é gostoso fazer personagen­s. Mas eu adoro acordar em casa, colocar o pé no chão, acordar com ela, passear, levar na escola... Eu a levo muito à praia, vou à região serrana. Eu gosto de ficar em família, enfim.”

A Lívia é o reflexo da criação que ela recebeu. E, você, o que deseja para sua filha?

“A gente sempre quer o melhor para eles. Uma coisa que eu observo muito é que a gente se reeducando, educa melhor. Mais do que se cobrar, você tem que dar o exemplo. Então, essas pequenas coisas que eu vou tomando conta de mim e vou cuidando melhor dela. Ai, é uma longa conversa...”

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