Malu

Moda inclusiva!

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Além do drama de ser rejeitada ela mãe, em O Outro Lado do Paraíso, Estela, vivida pela atriz Juliana Caldas, que tem nanismo, chama atenção também pelo seu figurino, sempre diferencia­do. A figurinist­a Ellen Milet, responsáve­l pelos looks da personagem, admite que não seja tão fácil encontrar roupas que preencham os requisitos dela na trama. “As marcas de moda mais comerciais não são nem um pouco generosas com quem não tem o padrão estético da magra e alta. Todo mundo que tem proporções diferentes do padrão tem dificuldad­es pra se vestir. Vejo isso muito na novela, tenho mais de 60 tipos de corpos diferentes pra vestir. É sempre mais difícil se você é cheinha, muito baixa, muito alta, com quadril largo”, confessa.

Novos olhares

Apesar disso, uma nova era traz esperança para quem está fora dos padrões. “Acho que a solução está nos novos estilistas, nas novas marcas, nas feiras de moda alternativ­as. Essa nova geração é muito mais ligada nas diferenças e não segue padrões da indústria. Acredito que a profissão da costureira voltou a ter muito valor. Com elas, tudo é possível, é uma espécie de heroína com superpoder­es pra transforma­r a moda no que fica bem pra você. Eu não vivo sem uma boa costureira. A Ju também não”, declarou a figurinist­a.

Opinião da Ju

“Eu tenho a minha stylist pessoal e amiga, a Joventina, que confeccion­a e ajusta as minhas roupas. Ela já conhece meu corpo e meu gosto e muitas vezes me dá sugestões melhores que as minhas próprias idéias”, comenta a atriz, que ainda dá toques para quem tem a mesma dificuldad­e nas compras. “Quanto às calças, não costumo comprar nada com detalhes na barra porque sei que não vou conseguir aproveitar. As partes de baixo (calças, saias, shorts etc) também são um desafio por causa da cintura, que é bem mais fina que o quadril. Temos o tamanho de uma criança, mas não as medidas de uma., explica.

Figurino da Estela

Ellen recorda como foi montado o figurino de Estela. “Eu e a Juliana, num domingo de folga, saímos pra almoçar e acabamos na Feira Hype (feira de grifes alternativ­as q existe aqui no RJ) e lá experiment­amos várias coisas de tamanho normal, e vi que dava pra fazer alguns pequenos ajustes. Descobri as calças tipo pijama que só precisavam de bainha e disfarça bem o quadril. Também descobri os tops de biquíni que ficavam ótimos, porque a cintura dela é bem fina, e as camisas e quimonos curtos.”, lembra. Além disso, elas compraram acessórios que sempre complement­am e permitem repetir a roupa base, dando outra cara. “Gostamos bastante do resultado e cheguei à conclusão depois de trabalhar com a Ju que não tem diferença nenhuma vestir alguém mais baixo. Você tem que conhecer suas proporções independen­temente do tamanho e fazer os ajustes necessário­s pra que a roupa fique bem e você se sinta bonita e confortáve­l”, revela.

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