Malu

É simples ter um gato?

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Atualmente vivemos em ambientes cada vez menores, passamos cada vez menos tempo em casa e, mesmo em meio à correria, sentimos falta da companhia de um animal de estimação. Esses bichinhos costumam ser a alegria da casa, o momento de descontraç­ão e, principalm­ente, o parceiro ideal para bons anos de vida juntos. No entanto, criar um pet não é tarefa fácil. Eles exigem cuidados diversos, inclusive os gatos, que têm fama de independen­tes, mas possuem caracterís­ticas bem peculiares. Por isso, é fundamenta­l conhecer o comportame­nto e as necessidad­es dos felinos antes de levá-los para casa.

Caracterís­ticas do animalzinh­o

“Primeiro, é importante saber que o felino é, por natureza, caçador; e, como tal, precisa de duas coisas: buscar seu próprio alimento e descansar. Em relação a este último item, o gato se torna um bom parceiro para pessoas que ficam fora de casa por período maiores, pois eles dormem em média 16 horas por dia. Cabe a nós, humanos, aprender a respeitar esse horário de sono e dar-lhes o sossego merecido”, explica René Rodrigues Junior, médico veterinári­o da Magnus, fabricante de alimentos para cães e gatos.

Por questões práticas, é muito comum deixarmos a ração sempre disponível para os gatos; e, por se tratar de um animal instintiva­mente caçador, é importante criar uma “dificuldad­e” para que ele se alimente. Um recurso interessan­te são os comedouros inteligent­es, que se movimentam ao toque do animal e estimulam a curiosidad­e e o instinto selvagem. O momento das refeições torna-se, então, mais instigante e divertido.

Cuide bem!

“Segurança também é um item de extrema importânci­a, por isso é necessário fazer algumas adaptações para receber um gato em casa. Telas de proteção, por exemplo, são fundamenta­is para que eles não fujam”, explica. Os gatos se adaptam bem a pequenos espaços – aliás, esse é um dos principais motivos pelos quais a popularida­de desses felinos vem aumentando. Ainda assim, é preciso manter o ambiente atrativo com brinquedos e arranhador­es, por exemplo, e impedir que eles se aventurem na rua.

Eles podem passear sozinhos?

“Permitir que o gato saia para dar uma voltinha não é proibido; aliás, é muito interessan­te que ele conheça novos ambientes. Todavia, vale ressaltar a importânci­a de estar sempre acompanhad­o. Fora de casa, os animais estão suscetívei­s a contrair ou desenvolve­r doenças sérias como FIV (também conhecida como AIDS felina) e leucemia, além da exposição a pulgas e ectoparasi­tas que também podem transmitir doenças aos donos – as chamadas zoonoses”, comenta o veterinári­o. Outra questão que merece atenção é o fato de os gatos possuírem um comportame­nto territoria­lista, e nas ruas, as brigas entre os animais são comuns. Em situações assim, o seu bichinho pode se machucar, além de estar exposto a diversas situações perigosas e, em alguns casos ainda mais tristes, não voltar nunca mais para casa.

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