Como conviver com cãezinhos deficientes?
Assim como os humanos, os cães que nascem saudáveis também podem, ao longo da vida, se tornar deficientes com lesões que nem sempre são reversíveis. O importante é que, temporária ou permanente, a deficiência não impede que o bichinho tenha uma vida boa e divertida. Quem fala sobre o assunto é René Rodrigues Junior, veterinário da Magnus.
Lidando com a cegueira
As deficiências adquiridas mais comuns em cães são acometidas por trauma (atropelamento, queda etc.) ou problemas de coluna e quadril. Cegueira e outras complicações oculares também são frequentes. Nos casos de perda de visão, os cachorros passam a aguçar outros sentidos e, depois de algum tempo, já conseguem localizar água, comida e o seu cantinho em casa. A cegueira pode ser genética ou causada por patologias, como a doença do carrapa-
to, que pode afetar o globo ocular na ausência de tratamento. Quem tem cães mais velhos também precisa de um acompanhamento rigoroso, pois nessa faixa etária são comuns os casos de catarata. É importante lembrar que o principal sentido do cachorro é o olfato, e ele deve ser estimulado e explorado quando o bichinho perde a visão.
De olho nas deficiências de mobilidade
Nas situações em que o cão precisa ter membros amputados é natural que os donos fiquem mais preocupados com o bem-estar do pet. No entanto, geralmente os animais se adaptam com facilidade a esses quadros e, mesmo sem uma das patas, aprendem a andar. Hoje o mercado dispõe de mecanismos que podem facilitar o dia a dia, como as cadeirinhas com rodas usadas em animais que perdem as patinhas traseiras. Mas, para quem tem um bichinho nessas condições, alguns cuidados são importantes: acompanhar a variação de peso do pet, por exemplo, é fundamental, pois o ganho excessivo pode piorar a situação dos que sofrem com problemas de coluna ou já foram amputados.