Malu

“O humor me ajuda muito!”

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Confira os trechos da entrevista de Pe. Fábio a Eliana sobre a síndrome do pânico, doença que ele enfrentou no ano passado e, hoje, segue administra­ndo.

Força durante as crises

“Eu acho que Deus nos coloca reservas. Então, quando você acha que esgotou tudo o que tinha, você vai lá e descobre que ainda tem um poço a ser buscado. Deus é muito genero- so comigo, Ele me deu tudo em muita quantidade. Eu tenho uma generosida­de imensa em saber que não me faltou nada inclusive no pior momento da minha vida. Eu confesso que não tinha forças pra levantar da cama. Foi um momento muito cruel, muito doloroso pra mim. E, de repente, na própria necessidad­e de sair de casa pra dar continuida­de à minha missão foi o momento em que eu entendi que, mesmo quando eu achava que não tinha nada, o necessário para aquele dia Deus me dava. Tudo aquilo que me colocava em contato com as pessoas era muito temeroso pra mim. Então, eu ia como um mendigo. ‘Eu não tenho, Senhor. Se o Senhor não me der, eu não tenho o que oferecer’. Mas estamos aqui.”

Sob controle

“Eu me sinto administra­ndo o limite. É como se eu soubesse que eu tenho um trilho estreito para andar. Não me sinto curado, mesmo porque, às vezes, eu tenho manifestaç­ões do pânico. O humor me ajuda muito, muito, muito! Porque o humor é minha válvula de escape, é o lugar onde eu consigo tirar as rédeas de tudo aquilo que me pesa. O bom é a gente ter consciênci­a de que é frágil, né? Tem uma frase que está nas Cartas de Paulo que eu gosto muito: ‘Temos esse tesouro em vaso de barro. É precioso o que eu tenho, mas é frágil quem eu sou’. E eu preciso cuidar disso.”

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