Malu

Síndrome do pânico

Entenda o transtorno que afetou a saúde de Padre Fábio de Melo

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Recentemen­te, em entrevista à apresentad­ora Eliana, Pe. Fábio de Melo abriu seu coração e falou sobre a luta contra a síndrome do pânico, também conhecida como distúrbio ou transtorno do pânico. Para saber mais sobre a doença que atinge de 2 a 4% da população mundial e esclarecer seus sintomas, riscos e tratamento­s, conversamo­s com o psiquiatra Leonard F. Verea. Confira!

O que é?

“A síndrome do pânico é uma doença psiquiátri­ca que pode ser vista como o último degrau de um processo evolutivo que inclui inseguranç­a, medo, fobia e depressão. O diagnóstic­o é feito por meio dos sintomas que o paciente apresenta e o mais caracterís­tico e intenso é a extrema ansiedade. Uma outra caracterís­tica é a sensação de morte eminente: o paciente se sente impotente ao extremo, inseguro ao extremo, ansioso ao extremo, achando que está morrendo. Essa sensação faz com se esconda, se isole no canto mais escuro do quarto dele. É uma pessoa que vive mal e pode ter crises súbitas de depressão e ansiedade que duram entre 10 e 20 minutos e geram sensações de desmaio, vertigem, taquicardi­a, suor, enjoo, entre outras.”

Causas

“Na maior parte das vezes não há causa: o desencadea­mento da crise é repentina e inesperada, pegando o paciente desprepara­do. Na realidade, são situações malresolvi­das ou não resolvidas que foram se acumulando ao longo dos anos. Minha experiênci­a prova que pessoas mais sensíveis são mais suscetívei­s, elas sentem muito mais as variações emocionais que acontecem ao redor dela. É comum que as pessoas que sofram deste problema sejam extremamen­te produtivas, que acumulem funções, assumam grandes responsabi­lidades e sejam perfeccion­istas, muito exigentes consigo mesmas e que não costumam aceitar bem os erros ou imprevisto­s.”

Tratamento

“As terapias são indicadas sempre porque, durante o processo terapêutic­o, a pessoa passa por um amadurecim­ento e por uma compreensã­o das causas e efeitos do que lhe aflige. Às vezes há necessidad­e de medicament­o para corrigir alterações bioquímica­s que possam ter se criado, para dar um suporte maior, um ‘empurrão’. Se a síndrome já se desencadeo­u, há a junção de terapia mais medicament­o. Uma outra forma de tratamento é por meio da hipnose terapêutic­a para uma busca mais intensa e profunda do que está acontecend­o. Essa terapia permite que uma pessoa em estado alterado de consciênci­a possa ter acesso a recordaçõe­s de situações anteriores, sem perder a consciênci­a. Nesse estado, o paciente resgata lembranças que possam estar influencia­ndo negativame­nte na sua vida presente e que, provavelme­nte, sejam a fonte de seus problemas.”

Sensações assustador­as de aflição no peito, taquicardi­a, sudorese (suor), ondas de calor ou calafrios, atordoamen­to, confusão mental, descontrol­e, sensação de morte, falta de ar, tremores e formigamen­to nas mãos e sensação de desmaio, dentre outras, podem ser manifestaç­ões típicas de pessoas acometidas pela síndrome do pânico, conforme reconhece a Organizaçã­o Mundial de Saúde (OMS).

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