Depressão
Além de comprometer a rotina, a doença pode até levar à morte!
Adepressão atinge 322 milhões de pessoas, em todo o mundo segundo pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgada no fim de abril e referente ao ano de 2015. Em 2030, será a doença mais comum do planeta. Os dados mostram também que o Brasil é o país da América Latina com a maior incidência da doença: 11 milhões de pessoas. Por que esse número é tão alto e como ficar fora das estatísticas?
De onde vem a depressão?
A doença pode ser desencadeada por situações do cotidiano, como conflitos amorosos ou financeiros, e também pode ter uma predisposição genética. “A depressão está relacionada a experiências de perdas significativas, como doenças, morte, perda de um emprego, de moradia, de status socioeconômico ou algo importante para a pessoa”, esclarece a psicóloga clínica Marcella Mantovani Pazini.
Comportamento alterado
“A tendência é de diminuição das interações sociais e isolamento”, conta a psiquiatra Mara Fernandes Maranhão. Contudo, em alguns casos, o paciente pode chegar a apresentar comportamento violento, mas isso não se deve aos sintomas da doença, e sim à distorção da realidade que pode acompanhar quadros psicóticos.
Sintomas
Os principais sinais de uma pessoa depressiva são:
• Tristeza persistente com ou sem um motivo;
• Apatia persistente mesmo quando o problema já foi resolvido;
• Dificuldade de trabalhar, estudar ou realizar tarefas que antes eram prazerosas;
• Dificuldade de se recuperar de uma perda ou separação;
• Insônia, acordar mais cedo do que de costume e ter dificuldade de dormir. O contrário também é válido: aumento do sono, vontade de ficar dormindo todo o tempo;
• Desânimo;
• Perda de apetite e emagrecimento;
• Diminuição da libido;
• Insegurança e irritabilidade;
• Medo de morrer ou desejo de pôr fim à própria vida.
Tipos de tratamento
Assim que confirmado o diagnóstico, o especialista indicará a melhor forma de tratamento, de acordo com as necessidades do paciente. • Medicamentoso: é o tratamento mais comum. “Há casos em que não pode haver interrupção da medicação sem risco de retorno do quadro depressivo, mas não é a maioria. Normalmente, o tratamento é feito e depois pode haver uma diminuição progressiva da medicação sob acompanhamento do psiquiatra”, lembra o psiquiatra Bernard Miodownik. • Psicoterapia: pode ser utilizada junto com os remédios ou em casos específicos. “A psicoterapia é muito útil em pacientes incapazes de tolerar medicamentos ou que não estejam dispostos a cumprir com o tratamento com remédios, e em pacientes com com sentimentos de desesperança. Porém, o método não deve ser visto como substituto para os medicamentos. Com certeza, os melhores resultados são conseguidos com a combinação dos dois métodos”, afirma a psicóloga Margarete Pinho.