Pare de fumar!
Cinco motivos para largar o vício e melhorar a saúde
Números da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis. Desse índice, o hábito de fumar é responsável por 85% das mortes por bronquite e enfisema, 30% por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, estômago e fígado), 25% por angina e infarto e 25% por doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral). Ou seja, não faltam motivos para largar o vício em cigarro.
Fumo passivo x câncer
Inúmeras substâncias químicas presentes na fumaça do tabaco podem causar câncer. “O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças Americano) afirma que pessoas expostas passivamente à fumaça do cigarro têm aumentado o risco de desenvolver câncer de pulmão em até 30%. O mesmo vale para quem mastiga tabaco, fuma cachimbo, charuto e até cigarros eletrônicos”, analisa Adriana Scheliga, onco-hematologista do Centro de Excelência Oncológica, do Grupo Oncoclínicas no Rio de Janeiro. O oncologista Cristiano Guedes Duque acrescenta: “O tabagismo passivo também pode causar câncer e outras doenças em crianças. Não se deve fumar dentro de casa e nem em ambientes de convívio social para que os não-fumantes fiquem livres da fumaça do cigarro”.
O tabaco é a principal causa de mortes evitáveis no mundo
“Estima-se que o cigarro esteja relacionado à morte de quase à metade de seus usuários em longo prazo. A recomendação é não fumar e não utilizar nenhuma forma de tabaco”, explica Guedes.
A dependência química é um problema de saúde
A vontade de parar é o mais importante para largar o vício, mas nem todos conseguem interromper essa dependência sem ajuda. O hábito de fumar envolve inúmeras situações do dia a dia, que desencadeiam a vontade, além da dependência química da nicotina propriamente dita. Por isso, a interrupção desse comportamento pode ser muito difícil. “O apoio de profissionais de saúde treinados pode ser de grande ajuda, seja para tirar dúvidas, incentivar, sugerir mudanças na rotina ou mesmo associar medicamentos. É importante lembrar que esse tratamento é oferecido de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS)”, aponta o médico.
Quantidade de toxinas
Um cigarro de palha apresenta mais de 4 mil substâncias tóxicas: “Todos os derivados do tabaco são nocivos à saúde, não importa a forma de uso (inalação, aspiração ou mastigação). Já foram descritas mais de 4.720 substâncias tóxicas presentes nesses produtos, que podem causar vários danos ao organismo, inclusive dependência química e câncer”, lembra Guedes.
Fumar ocasionalmente também é nocivo
“O fumo casual envolve o consumo de todos os derivados do tabaco que possuem a nicotina, uma substância psicoativa. Ou seja, ela induz modificações nos neurotransmissores do cérebro, que estão relacionadas a alterações emocionais e comportamentais, associando o ato de fumar a boas sensações”, observa o especialista. Além disso, a nicotina tem efeito tolerante no organismo, ou seja, é preciso uma quantidade cada vez maior da substância para que o fumante tenha a mesma sensação, fazendo com que o fumo ocasional se torne um hábito frequente.