Combate às notícias falsas
Usando seu conhecimento como hacker ético (um tipo de “hacker do bem”) e sua experiência nas eleições de 2016 dos Estados Unidos, Fernando Azevedo, sócio de uma empresa de reputação on-line e marketing digital, lançou o livro virtual O Negócio Sujo das Fake News, que aborda os dois principais grupos de criadores de notícias falsas: os marqueteiros, que fazem campanhas políticas antiéticas, e os sites que ganham dinheiro com propaganda on-line e precisam ter um grande volume de visitantes .
Os grupos
Enquanto o primeiro grupo é pago por um político, partido ou grupo para sujar a reputação dos adversários, o segundo trabalha com notícias exageradas, muitas vezes entrando na área de fake news para atrair visitantes e gerar compartilhamento. Os marqueteiros são mais perigosos, pois escrevem notícias difamatórias anonimamente, robôs e propaganda paga. Eles investem para sair em sites populares e usam contas com milhões de seguidores para dar legitimidade à notícia falsa. Já os sites tentam atrair visitantes com boatos, títulos mentirosos ou fofocas.
Como combater as fake news
Os eleitores continuam compartilhando e curtindo conteúdo difamatório. O livro explica que, até mesmo para aqueles que são contra o post publicado, quando uma pessoa comenta ou compartilha mostrando seu descontentamento com a publicação, acaba contribuindo para a viralidade da notícia. O melhor é denunciar e não interagir.
Barraco virtual
Segundo Azevedo, “no Brasil existe uma nova realidade nas eleições de 2018: pessoas compartilhando fake news insultando candidatos e eleitores nas redes. E ainda perseguindo e ameaçando grupos no mundo real”. A falta de conhecimento das leis, das ferramentas para denunciar uso indevido nas redes sociais, os abusos de poder existentes no país e a demora da lei criaram algo nocivo para a sociedade”.