Alerta contra o sarampo
Entenda a gravidade da doença e a importância de ter a vacinação em dia
Algumas doenças graves erradicadas no Brasil há anos voltaram a fazer vítimas. Por exemplo o sarampo, com casos confirmados no Amazonas, Roraima, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Para ajudar você a saber mais sobre a doença e como se prevenir, conversamos com duas médicas especialistas no assunto.
O que é
“É um vírus de fácil transmissão e que gera diversas complicações. As bolinhas vermelhas só aparecem dias depois da doença adquirida, que começa com tosse, febre, conjuntivite, coriza, entre outros sintomas”, explica Rosana Richtmann, infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana. “Tosse persistente, irritação ocular e mal-estar intenso também podem ser sintomas”, complementa Ana Karolina Barreto Marinho, da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).
Complicações
A doença pode levar a sequelas graves. “Entre elas estão diarreia, infecção nos ouvidos, vômito, hemorragia, convulsões, hepatite, pneumonia bacteriana secundária e até neurológicas”, detalha Rosana. Para as gestantes, a patologia, se não tratada, pode envolver aborto no 1º trimestre de gestação e risco de parto prematuro. “A mãe não pode tomar vacina durante a gestação, pois pode ter complicações. O ideal é que ela tenha se vacinado antes da gravidez. Caso contrário, deve evitar contato com pessoas em locais fechados e, principalmente, com contaminados”, ressalta a infectologista.
Vacinação
A vacina contra o sarampo é a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Em relação a efeitos colaterais, a especialista comenta que são raros os casos considerados graves. “Os efeitos mais comuns são dor no braço, vermelhidão e inchaço no local da vacina. Também podem ocorrer febre ou mal-estar passageiro. Em alguns casos, a pessoa pode apresentar sintomas parecidos com os da própria doença. Isso acontece pelo fato de a vacina ter em sua composição um vírus enfraquecido, incapaz de transmitir a enfermidade”, enfatiza Rosana.
Calendário do SUS
Quem já tomou duas doses durante a vida, da tríplice ou da tetra, não precisa receber a vacina. Se você não tem certeza se foi imunizada, deve receber as doses. Veja o calendário do Ministério da Saúde e procure a unidade de vacinação mais próxima.
• Para crianças: uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses (a tetra viral) de idade.
• Para adolescentes e adultos até os 29 anos: duas doses, podendo ser da tríplice ou tetra viral.
• Adultos dos 30 aos 49 anos: dose única, podendo ser da tríplice ou tetra viral.