Aleitamento materno
Amamentar é bom para a mãe e o bebê, mas pode não ser tão simples para todas as mulheres
AOrganização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e, combinado com outros alimentos, até os dois anos ou enquanto for prazeroso para a mamãe e o bebê. Esse ato ajuda a construir laços afetivos, mas pouco se fala nas dificuldades da amamentação. Pensando nisso, Graziela Mantoanelli, diretora do documentário De Peito Aberto, fala um pouco mais sobre a realidade do aleitamento materno.
Dois lados da moeda
A amamentação ajuda na recuperação do útero, previne a anemia, fortalece o organismo do bebê, protege contra o câncer de ovário, entre muitos outros benefícios. Por outro lado, é muito comum ter dor nos mamilos, rachaduras, “pega errada”... “De maneira geral, o início da amamentação pode ser bem conturbado. Primeiro porque a mãe e o bebê estão se conhecendo, e os dois estão tentando entender como acontece a amamentação. E, depois, existe muita informação desatualizada que ainda circula até mesmo entre os profissionais de saúde”, comenta Graziela.
Pesquise muito
Busque informações sobre a amamentação e a maternidade ainda na gestação. “Procure um profissional de saúde que te dê apoio e a faça se sentir segura Porque a melhor mãe que o seu filho irá ter é você”, recomenda a diretora.
Amamentar em público
Segundo a Pesquisa Global sobre Aleitamento Materno 2015, da Lansinoh, para 64% das mulheres brasileiras, amamentar em público é normal. Porém, 47% delas dizem ter sofrido preconceito por terem feito isso. Se o aleitamento é natural, por que as pessoas ainda se incomodam quando é feito fora de casa? Para Graziela, “as pessoas não entendem que amamentar é cuidar da sociedade. Um bebê não sabe que está no ponto de ônibus, só sabe que tem fome. Mas não podemos relegar as mulheres que amamentam à prisão domiciliar,”. Ainda segundo a diretora, é preciso fortalecer a cultura do aleitamento e, assim, naturalizar situações como essas.
“Eu não quero amamentar!”
Por diversos motivos, algumas mulheres não sentem o desejo de amamentar. Se você é uma delas, converse com o seu obstetra. Ninguém deve tentar convencê-la do contrário, mas é provável que te lembrem constantemente dos benefícios da prática. “Se for uma escolha consciente, o profissional deverá orientar a melhor alternativa para aquele caso”, acrescenta Graziela.