Youtubers mirins
Os benefícios e riscos de gravar vídeos para a internet
Segundo pesquisa coordenada pelo Media Lab da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), o Brasil é o segundo maior consumidor de vídeos do YouTube, e um dos principais públicos da plataforma de vídeo é o infantil. Dos 100 canais mais acessados no país, 36 produzem conteúdo direcionado ou consumido por crianças de zero a 12 anos, totalizando mais de 17 bilhões de visualizações. Nessa onda, as crianças querem deixar o posto de espectadoras para apresentar seus próprios canais, dando origem a novos ídolos digitais: os youtubers mirins. Mas será que essa prática é benéfica aos pequenos?
Início precoce
Hoje, as crianças – algumas com apenas três anos de idade – acumulam milhões de seguidores e fazem um bom dinheiro com o YouTube, onde compartilham sua rotina e exibem brinquedos novos para outras crianças. Para Camila Piva, a criação de vídeos para a internet é mais uma forma de brincar. “E, como qualquer brincadeira, requer imaginação, planejamento, aprendizado e, principalmente a supervisão de um adulto”, ressalta.
Aprendendo com a internet
“A criação de vídeos aguça a criatividade, melhora a comunicação verbal e também é uma das formas de as crianças melhorarem o autoconhecimento, explorando seus gostos e os temas que mais se identificam para falar na internet”, esclarece Camila.
Participação dos pais
Se os pais permitirem que os filhos tenham seu próprio canal no YouTube, é importante que estejam sempre juntos. Assim, a família toda poderá interagir, criando um momento agradável e feliz. Mas, além de garantir a diversão, a participação dos responsáveis é fundamental por conta dos cuidados necessários que se deve ter online, como a exposição de dados pessoais.