Retomando os laços
Após descobrir que é mãe de Valentim, Luzia terá que aprender a ganhar a confiança do filho adolescente na trama das nove. Como fazer isso também na vida real?
Recentemente, Luzia (Giovanna Antonelli) descobriu que é mãe biológica de Valentim (Danilo Mesquita). Como passaram anos sem contato, os dois terão que ralar muito para construir uma relação saudável na trama. Na vida real, porém, manter-se ao lado do filho desde a infância é o primeiro passo para ter um diálogo aberto na adolescência. Quem fala mais sobre o assunto e orienta você a ficar mais perto de sua família é a psicopedagoga Betina Serson.
Liberdade na medida certa
“Normalmente, a liberdade vai crescendo de acordo com o amadurecimento e crescimento do filho. Para chegar à adolescência, ele já tem uma certa liberdade e já passou por várias fases na vida”, explica Betina, que orienta deixar o canal de comunicação sempre aberto: “a mãe deve esperar respostas e comportamentos do filho de acordo com o seu desenvolvimento. Quando chega a adolescência, os assuntos podem ser mais variados e com mais profundidade, porém, a comunicação começa desde bebê”.
Pais x amigos
“Pais são pais e amigos são amigos. Com certeza deve haver uma amizade, mas existe uma linha muito tênue entre essa relação e de pai ou mãe. A função de uma mãe é colocar limites, regras e dar o exemplo”, comenta a psicopedagoga, que complementa dizendo que amigos, mesmo que próximos, não têm a mesma responsabilidade de orientar como a família.
Retome os laços
“Na adolescência, a comunicação fica mais difícil com o filho. Por isso indico que os laços e vínculos devem ser formados desde a primeira infância”, explica a especialista, que indica que é possível se aproximar, sim, durante a juventude do filho, caso não tenha feito isso anteriormente: “se a mãe está realmente com muita dificuldade, pode conversar com o filho francamente mostrando seu ponto de vista. Os adolescentes apreciam o esforço dos pais e admiram esse tipo de atitude”.
Dicas de ouro
1 Aceite que a adolescência é difícil tanto para os filhos quanto para as mães.
2 Tente não exigir mais dele do que ele pode dar. Ele ainda é um filho que precisa de ajuda, e não um miniadulto.
3 Aceite que muita coisa mudou e que você viveu em uma época diferente. Não fique comparando.
4 Ouça o seu filho sem a interferência de um celular, TV, computador e rede social.
5 Mantenha discrição sobre a sua vida e do seu filho, principalmente em redes sociais.