1 em cada 6 mulheres terá câncer
Com o avanço nos diagnósticos e tratamentos, o câncer deixou de ser uma sentença de morte. Apesar disso, o alto índice de mulheres que devem enfrentar a doença é alarmante. Dados da Agência
Nacional de Pesquisa Contra o Câncer revelam que uma em cada seis mulheres desenvolverá algum tipo da doença ao longo da vida. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados cerca de 59 mil casos de câncer de mama no Brasil este ano e 6 mil casos de câncer de ovário, que é mais raro. Estilo de vida, idade avançada e genética são os principais fatores de risco.
O que é mutação genética?
Quem possui mutação (alteração) nos genes BRCA tem mais de 40% de chance de desenvolver câncer feminino. Isso porque são esses genes que agem como uma defesa, impedindo o crescimento de células cancerígenas e prevenindo o câncer. “Quando um desses genes sofre mutação, ele perde sua capacidade protetora, deixando o organismo mais suscetível ao surgimento de tumores malignos, especialmente de mama e ovário”, explica o oncologista Rodrigo Guindalini.
E a boa notícia?
Hoje em dia, os testes genéticos permitem identificar quais alterações poderiam resultar em câncer, permitindo que médico e paciente possam definir a melhor estratégia de prevenção e tratamento. “Normalmente o teste é realizado em mulheres da mesma família que têm ou tiveram câncer”, explica Guindalini. Lembrando que quem descobre que possui a mutação nos genes BRCA não significa que tem a doença, mas uma probabilidade maior de desenvolvê-la. Nesse caso, então, uma conversa com o especialista determinará se a cirurgia de retirada das mamas e ovário, por exemplo, é uma saída, como aconteceu com a atriz Angelina Jolie. Mantenha seus exames em dia e procure um médico ao menor sinal de que algo está errado.