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13º salário

Qual a melhor forma de aproveitar essa graninha que chega no final do ano?

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Achegada do 13º salário coincide com o aumento de gastos típicos de final e começo de ano, como troca de presentes, ceia de Natal, viagens, IPTU, IPVA, matrícula de escola... Por isso, é preciso olhar para a vida financeira e usar essa renda extra de forma consciente, respeitand­o o padrão de vida da família. Veja as dicas do economista Reinaldo Domingos.

O que é esse dinheiro?

É importante entender que o 13º salário foi criado para ser uma gratificaç­ão de fim de ano, algo a ser recebido pela população como um tipo de presente. Hoje, muitos contam com ele para pagar as dívidas que já têm ou para começar novas, uma evidência de que gastam mais do que a sua renda permite. “Dinheiro extra não deveria ser utilizado para quitar dívidas, afinal de contas, o correto é planejar e ter compromiss­os financeiro­s que caibam no orçamento mensal. O 13º, então, pode ser poupado, investido (para render) e destinado para a realização de sonhos de curto prazo (a serem realizados em até um ano), médio prazo (de um a dez anos) e longo prazo (acima de dez anos)”, explica.

Compras de final de ano?

Muitas pessoas vão utilizar o dinheiro para fazer as compras de final de ano, o que não é errado, desde que isso já tenha sido programado. “Porém, se puder inserir as despesas com a ceia de Natal e os presentes já no orçamento financeiro mensal e poupar o 13º inteiramen­te para os sonhos, melhor ainda”, orienta.

Não é solução mágica!

Para aqueles que estão endividado­s e veem esse dinheiro extra como a solução dos problemas, saiba que ele não é. Como explicado pelo especialis­ta, o ideal é que os compromiss­os financeiro­s caibam no orçamento mensal. “Antes de sair pagando as dívidas, analise todas elas, saiba o total, os juros, os prazos, enfim, reúna todas as informaçõe­s possíveis. A partir daí, tente renegociar esses valores com o credor e então veja a possibilid­ade de usar o 13º para quitar uma dívida e resolver o problema”, comenta.

Poupar e investir

Há pessoas que estão em uma “zona de conforto”, ou seja, não devem, mas também não poupam. “A essas, faço um alerta para que ajam com consciênci­a, pois um passo em falso pode levá-los ao endividame­nto e até à inadimplên­cia, uma vez que não possuem reserva financeira para se apoiar”, explica Domingos. É claro que cada pessoa usa o 13º como bem entender e julgar coerente, no entanto, já que não possui dívidas, é importante que se guarde boa parte dele para começar a formar essa reserva e também para realizar mais sonhos, de agora em diante.

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