Malu

Animais também podem doar sangue!

- Mais informaçõe­s: crmvsp.gov.br

A baixa de estoque de bolsas de sangue para atender pacientes que precisam de transfusão não é algo recorrente somente nos hemocentro­s humanos. O mesmo cenário ocorre com cães e gatos que precisam de transfusão em clínicas e hospitais veterinári­os. Saiba mais!

Cenário atual

Em São Paulo, por exemplo, estima-se que sejam usadas cerca de 20 mil bolsas por mês nos hospitais veterinári­os. “Situações comuns como atropelame­ntos, intoxicaçõ­es e cirurgias podem levar à necessidad­e de uma bolsa de sangue para salvar o animal e garantir uma recuperaçã­o eficaz. Enfrentamo­s diariament­e a falta de sangue de cães e gatos para transfusão”, conta o veterinári­o Thomas Faria Marzano, presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do Conselho Regional de Medicina Veterinári­a de São Paulo (CRMV-SP) e diretor clínico do Hospital Veterinári­o Jardins. Manter esses bancos com o estoque regulariza­do é tão importante quanto nos hemocentro­s humanos. “Ampliar o cadastro de doadores voluntário­s possibilit­a que tenhamos atendiment­os mais ágeis para a transfusão de sangue, aumentando as chances de salvarmos um maior número de vidas em nossas clínicas e hospitais veterinári­os”, afirma Marzano.

Bancos de sangue

O profission­al lembra que existem bancos de sangue veterinári­os particular­es e universitá­rios que recebem o cadastro de doadores durante todo o ano. “Entretanto, nem todo pet pode se tornar um doador e essa avaliação será feita de forma criteriosa. É fundamenta­l ampliarmos a conscienti­zação, para que cada vez mais animais sejam cadastrado­s”, explica.

Pet doador

Para estarem aptos a doar, animais de companhia precisam atender a alguns critérios específico­s, de forma a garantir que o processo de coleta ocorra da forma mais saudável possível. O animal deve ser dócil e nunca ter realizado uma transfusão de sangue. Gatos, por exemplo, precisam ter, no mínimo, 6kg e o limite de coleta por animal é de 16ml. Já os cães precisam ter mais de 30kg para a coleta máxima de 500ml de sangue. “É interessan­te observar também que os animais precisam estar vacinados, vermifugad­os, ter entre dois e oito anos e, no caso das fêmeas, não podem estar no cio ou prenhas”, elucida o profission­al. Assim como na doação de sangue humano, para estar apto a doar, o animal passa por uma avaliação criteriosa com exames. “O ideal é que o tutor procure um banco de sangue de confiança para o cadastro, os exames e a coleta. Essa é a melhor forma de garantir um procedimen­to seguro, lembrando que o animal pode doar a cada dois meses”, finaliza.

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