Malu

Bianca Rinaldi

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Romance na trama

“O destino é tão bom que a Leonor pegou logo o diretor da escola, o Marcelo (Bukassa Kabengele). E também veio com uma questão que, infelizmen­te, vivemos muito ainda: racismo e preconceit­o. Por que uma mulher loira não pode estar com um homem negro e viceversa? É tão passado isso! Mas, infelizmen­te, vivemos essa situação.”

Romance na vida

“Eu também vivo um relacionam­ento visto como ‘incorreto’. Eu e meu marido temos 22 anos de diferença. Já vivo com ele durante 18 anos. No co- meço teve essa questão. Eu não tenho problema, mas a sociedade cobra tanto e é tanto olhar que, às vezes, você se pega falando: ‘caramba’. No começo existiu muito essa diferença de 22 anos. Eu tinha 26 anos e estava num momento de ascensão muito grande com ele do meu lado. Eu sei que essa ascensão veio com ele. Eu não estaria aonde estou hoje, passando por tudo que passei, se ele não estivesse ao meu lado. A gente fez terapia de casal, que eu acho que foi muito bom.”

Preconceit­o na sociedade

“Todo mundo tem precon-

ceito. Estamos vivendo em um tempo em que se tem a liberdade de discutir, levantar as bandeiras e mostrar o que é certo e o que não é certo. De mostrar o que é respeito e o que não é respeito. De falar do amor. O amor é a coisa mais importante do mundo. Para mim, duas coisas são fundamenta­is: amor e respeito. Eu acho que as pessoas estão confundind­o as coisas nesse triângulo de amor, respeito e liberdade. Ele está meio desequilib­rado. Nós estamos passando por uma fase turbulenta no nosso país onde tudo aflora. Mas eu tenho esperança de que as coisas vão mudar. Eu acho que a gente já vê mudança. A mudança parte de dentro da gente.”

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