Alerta para a saúde dos olhos!
De acordo com Leôncio Queiroz Neto, oftalmologista do Instituto Penido Burnier, os prontuários do hospital mostram que, no verão, há um aumento de 20% das doenças oculares externas: conjuntivite, alergia, ceratite (inflamação da córnea) e olho seco. Para cada uma o tratamento é diferenciado, embora tenham sintomas em comum: olhos vermelhos, lacrimejamento, coceira, sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e visão borrada. Todas as faixas etárias são afetadas, mas os riscos variam conforme a idade. Confira!
Crianças
Entre os pequenos, os fatores de risco mais frequentes são o hábito de ficar mais tempo na água e nadar de olhos abertos sem óculos de natação. Isso porque o contato da mucosa ocular com o excesso ou falta de cloro nas piscinas e com a água contaminada do mar pode causar alergia ocular, ceratite, conjuntivite viral ou bacteriana. “A ceratite e a conjuntivite viral podem ser tratadas com colírio anti-inflamatório e compressas frias. Já a conjuntivite bacteriana provoca uma secreção amarelada e o tratamento é feito com colírio antibiótico e compressas quentes”, pontua.
Adultos
Os vilões dos mais velhos são o abuso de lentes de contato, o excesso de ar-condicionado e as viagens aéreas longas, fatores que aumentam o risco de contrair síndrome do olho seco que, se não tiver tra- tamento adequado, causa ceratite. Isso ocorre porque a córnea, que é a lente externa do olho, se alimenta da lágrima. “O ressecamento do filme lacrimal acarreta na inflamação da córnea, facilitando a contaminação por micro-organismos e a formação de úlceras”, explica. A recomendação do médico é retirar as lentes de contato nas viagens aéreas com mais de três horas de duração, já que o ar é mais rarefeito dentro dos aviões, evitar o abuso de ar-condicionado e proteger os olhos com colírio lubrificante.
Prevenção
• Lave as mãos com frequência.
• Evite o compartilhamento de equipamentos de tecnologia, maquiagem, toalhas e fronhas.
• Use óculos de natação para praticar esporte na praia ou piscina.
• Para garantir a produção de lágrima, consuma pouco carboidrato, gordura e carne bovina, e bastante frutas, verduras e legumes. Também é importante consumir ômega-3, substância presente nas sementes de linhaça, nozes, sardinha e salmão.