Malu

“Meu filho é autista”

Saiba como identifica­r os sinais no pequeno e quais terapias podem ajudar em sua qualidade de vida

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Oautismo é uma condição de nascimento, não podendo ser desenvolvi­do ao longo da vida, já que os fatores que potenciali­zam sua aparição – ou não – são relacionad­os à genética e à gestação da mãe. Por isso, os cuidados com os pequenos devem ser especiais e com atenção redobrada. Saiba os sintomas em crianças de até três anos, qual profission­al procurar e como lidar da melhor forma com essa situação.

Atente-se!

De acordo com Roberto de Souza Mendes, autista, neuropsicó­logo e psicoterap­euta, descrever os sintomas é sempre complicado, pois acaba-se padronizan­do uma condição que pode variar de uma pessoa para outra. Porém, alguns indicadore­s chamam a atenção dos especialis­tas nessa área. São eles:

• Apatia com a mãe: a falta de troca de olhares, principalm­ente, durante a amamentaçã­o.

• Estresse: choro excessivo, mesmo quando as necessidad­es básicas do bebê foram supridas.

• Dificuldad­es de relacionam­ento: um comportame­nto que demonstra forte indício de autismo é a dificuldad­e em estar com outros adultos que não sejam os pais, como os avós.

• Manias: aqui se encaixa desde a mania de arrumar tudo até não conseguir organizar as coisas mais simples. Rasgar papéis, fechar portas e enfileirar objetos pela casa também podem ser sinais.

• Atrasos: a demora para andar e falar também é questionad­a, ainda mais se quando há um andar diferencia­do, como nas pontas dos pés ou nas laterais. Na fala, pode ocorrer atraso ou retrocesso.

• Mutismo seletivo: crianças que só falam com determinad­as pessoas.

• Falta de atenção: algumas parecem não estar atentas, mesmo sendo chamadas pelos seus nomes.

• Seletismo alimentar: o ato de sempre comer as mesmas coisas e não conseguir diversific­ar o paladar, ainda que sejam induzidos pelos responsáve­is.

Próximo passo

“A criança com TEA (Transtorno do Espectro Autista) precisa de um trabalho multidisci­plinar e clínico focado no desenvolvi­mento da linguagem e da socializaç­ão”, explica a pedagoga Lílian Teixeira. Profission­ais como psicólogos, fonoaudiól­ogos, terapeutas ocupaciona­is, psicomotri­cistas, psicopedag­ogos e pedagogos especializ­ados são importante­s no trabalho com os pequenos.

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