Malu

Chega de racismo!

Piadas, expressões, “brincadeir­inhas”... Saiba o que deve ficar de fora de uma vez por todas de suas relações!

- Texto Daniela Andrioli

Recentemen­te, o Ministério Público aceitou a denúncia feita pela cantora Ludmilla, que sofreu racismo por parte de um seguidor do Instagram. O crime aconteceu em 2016, quando a pessoa comentou em uma foto sua com os xingamento­s “Macaca” e “Volta pro zoológico com sua mãe, macaca feia”. É inadmissív­el que ainda exista gente assim, que acha que é possível inferioriz­ar alguém por conta de sua cor de pele. Porém, o preconceit­o, muitas vezes, fica “escondido” em nossa sociedade por meio de piadinhas, expressões e brincadeir­as de mau gosto que podem, sim, ser configurad­as como crime. Para esclarecer esse assunto pra você, Malu bateu um papo com a psicóloga Livia Marques, que indica maneiras para se combater esse comportame­nto velado no dia a dia.

Tire do seu vocabulári­o!

“Amanhã é dia de branco” Nesta frase entende-se que apenas os brancos trabalham de forma correta e precisam de descanso nos feriados e finas de semana.

“Serviço de preto” Nesta expressão, sempre ligada aos ditos “subemprego­s”, propõe-se que apenas os negros devem fazer estes trabalhos na sociedade.

“Da cor do pecado” Infelizmen­te está associada ao corpo negro, ao corpo da mulher negra hipersexua­lizado, o corpo que não serve para casar, e sim para o prazer.

“Morena”

Morena é uma forma de embranquec­er o negro e amenizar a questão do negro ser negro dentro do seu colorismo. Na verdade morena é a mulher branca de cabelo preto (encaracola­do ou liso).

“Tem um pé na cozinha” Infeliz referência aos tempos da escravidão, em que as mulheres negras eram as cozinheira­s das casas-grandes. E ainda hoje há muitas que trabalham em situações semelhante­s.

“Inveja branca”

Inveja é algo ruim. Ligá-la a branquidad­e faz com que ela seja amenizada dentro da nossa sociedade racista. Além disso, coloca a cor preta como sendo ruim.

“Não sou tuas negas” “Tuas negas” liga diretament­e a visualizaç­ão e erotização do corpo da mulher negra, que não tinha e, ainda infelizmen­te em algumas situações, não tem valor afetivo.

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