Silvia Pfeifer
Como está sendo integrar o elenco de Topíssima?
“Esse convite é realmente um presente. É um desafio e está sendo uma satisfação enorme fugir daquela figura tão chique e sofisticada que eu sempre tive nas novelas. Encontrar essa pessoa desprovida do que eu naturalmente já sou é curioso. Está sendo um presente encontrar em cada cena uma maneira de fazer essa mulher simples, batalhadora.”
Quais as principais características da personagem? “Ela é muito agregadora e quer o bem-estar de todo mundo. Fazer isso de uma maneira que o telespectador não ache chato aquela que faz o bem o tempo inteiro é um desafio para o ator. Então cada cena está sendo um grande desafio para mim.”
É difícil abrir mão da vaidade para se entregar nessa simplicidade da personagem? “Eu acho difícil. Mas, ao mesmo tempo, a minha visão de uma atriz é aparecer e aparentar feia, cansada e destruída em cenas que pedem isso. Se alguém está sofrendo, virando noite cuidando de alguém, não vai estar com a cara ótima no dia seguinte. Então não é crível
para mim ver uma mulher completamente maquiada, tanto que eu só uso correções.”
A novela traz como principal destaque o empoderamento feminino. Você acha a sua personagem feminista? “Não é a maneira antiga do feminismo, mas eu acho que por ela ter perdido o marido, ser viúva, é um matriarcado no bom sentido. Ela comanda a coisa, tem a força.”
Como foi o período em que você atuou nas novelas portuguesas?
“Eu fiz uma novela portuguesa na TVI e ganhamos o Emmy de melhor novela estrangeira no ano passado. A trama terminou em novembro de 2017, então ela entrou na lista das concorrentes. Foi uma novela realmente maravilhosa e um personagem muito forte e sofrido.”