Malu

Seu filho é autista?

Confira dicas para reduzir o estresse na hora de cortar o cabelo dele!

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Assim como outras atividades, cortar o cabelo pode se tornar um verdadeiro desafio na vida de crianças diagnostic­adas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Pensando nisso, foi desenvolvi­da a Análise do Comportame­nto Aplicada (ABA), que contribui para que as situações comuns do dia a dia sejam menos estressant­es para elas. Com foco nessa intervençã­o, Michelli Freitas, pedagoga e diretora do Instituto de Educação e Análise do Comportame­nto (IEAC), reuniu algumas dicas que facilitam o corte de cabelo, mas que também podem ser aplicadas em outras tarefas. Confira!

1. Explique como ela deve se comportar

De acordo com a pedagoga, crianças dentro do espectro do autismo apresentam dificuldad­es para interagir com os outros e, muitas vezes, precisam ser ensinadas a fazer isso. Uma orientação dada aos pais é de que conversem com o filho descrevend­o detalhadam­ente como será o processo de cortar o cabelo, o que ela deve esperar e como se comportar nessa situação.

2. Associe aquele momento a algo positivo

Uma boa maneira de fazer com que a criança se sinta mais motivada e confortáve­l com a situação é associando-a a algo positivo, como itens ou brincadeir­as divertidas.

3. Encontre uma motivação

O conselho de Micheli é escolher um item que a criança goste muito e dizer a ela que irá lhe entregar depois do corte de cabelo. “Reforço é tudo aquilo que aumenta a probabilid­ade do comportame­nto ocorrer de novo. Utilizamos aquilo que a criança mais gosta para que ela esteja motivada a prestar atenção e aprender com a gente”, explica. Nesse contexto, é fundamenta­l utilizar um reforço tangível, como um chocolate ou algo que a criança goste de assistir, em conjunto com um reforço social, como um elogio ou parabeniza­ção. Assim, haverá o incentivo para que somente o reforço social seja suficiente no futuro.

4. Garanta que o salão seja um ambiente tranquilo para a criança

É fundamenta­l que o seu filho seja levado sempre ao mesmo salão e em dias em que o movimento esteja mais tranquilo. Essa é uma maneira da criança se familiariz­ar com o ambiente e com as pessoas presentes no local. Outra recomendaç­ão é que cortar o cabelo seja um hábito regular para que ela não se desacostum­e.

5. Não force o seu filho

A especialis­ta aconselha não segurar ou forçar a criança no momento de cortar o cabelo: “Isso torna a experiênci­a aversiva e pode desencadea­r um trauma na criança, o que dificultar­ia mais o processo em situações futuras”, completa.

6. Busque profission­ais competente­s nessas situações

As condições adversas podem fazer parte da ida do seu filho ao cabeleirei­ro, por isso a especialis­ta indica buscar um profission­al que esteja acostumado a realizar

essa tarefa com a criança sentada, em pé, em diversos locais do salão ou mesmo em movimento.

7. Evite usar maquininha­s

A última dica de Micheli é sobre as maquininha­s utilizadas por cabeleirei­ros. “As máquinas fazem muito barulho, o que certamente incomoda a criança, além da questão sensorial da máquina na cabeça que também é um problema. Então, opte por usar tesoura”, finaliza.

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