Meiahora - RJ

‘VENDIPICOL­É,PIPOCA,AJUDAVAEMC­ASA’

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Você gravou o clipe

no morro onde foi criado, no Fonseca, em Niterói. Como é voltar às origens?

Foram dois dias de gravação. O primeiro dia foi praticamen­te todo dentro da comunidade. A laje estava cheia, meus ex-vizinhos acompanhar­am tudo. Tinha muita gente disposta a me ajudar, caso eu precisasse. Na verdade, eu nunca deixei o morro, só não moro mais lá. Mas tenho amigos de infância, familiares que ainda estão lá. Sempre que posso vou lá. Quando não, meus amigos vêm até minha casa, acabei de mudar para o Recreio. Nunca vou negar minhas origens. Árvore sem raiz não cresce e nem dá frutos. O hit

ainda está estourado. Imaginou que a música faria tanto sucesso?

A gente sempre sonha com isso, mas é impossível ter certeza, dimensiona­r o tamanho da visibilida­de. Só quando cai na boca do povo é que a gente sente que deu certo. Hoje, todo mundo me olha e solta: ‘Chefe é chefe, né pai?!’.

Eu e meus amigos sempre nos chamamos de chefe. Um dia, surgiu a frase “chefe é chefe, né pai?!”. Foi assim.

Foi o grande divisor de águas da sua carreira?

“Chefe é chefe” me deu uma visibilida­de maior. Orefrão caiu no gosto do povo. E depois que o Wesley Safadão regravou, tomou umadimensã­o surreal. Agora, ganhei mais um presente: os meus amigos da Seleção Brasileira de futebol Luan Guilherme e Gabriel de Jesus cantaram “Chefe é chefe, né pai?!” com a medalha no pescoço. Publiquei o vídeo na minha rede social, explodiu ainda mais.

É verdade que você está faturando R$ 350 mil por mês com shows?

É sim! Eu faço muitos shows. Graças a Deus, o “Baile do Chefe” tem sido requisitad­o em muitos estados. Rio e São Paulo me abraçam totalmente. Aos poucos, estou seguindo para outros estados.

Quantos shows você tem feito por mês?

Faço 30 shows por mês. Sem contabiliz­ar as festas de 15 anos, casamentos, festa de 18 anos, formaturas.

Como é sua relação com os fãs?

É ótima, meu combustíve­l. Tenho fã-clube, atendo meus fãs com maior carinho e respeito. Abraço, tiro foto, faço Snap. Sou uma pessoa como qualquer outra. Não surtei, não tenho estrelismo porque estou na mídia. Ando descalço sempre que me dá na telha. Grito igual um maluco a cada jogo do Mengão. Humildade e gratidão é sempre bom.

Estánamora­ndo?

Não gosto de falar d a m i - n h a v i d a pessoal (risos).

Qual seu sonho?

Estou realizando meus sonhos aos poucos. Tinha um sonho de dar uma casa para os meus pais, de ajudar o meu irmão a cursar uma faculdade, de ter os carros que tenho. Eu vendi picolé, pipoca, ajudava em casa desde pequeno. Era zoado na rua, mas nunca tive vergonha e nem preguiça de trabalhar. Sei que o dinheiro não leva desaforo, não sou gastão. Tenho um filho de 2 anos e meu maior sonho é que ele seja um cidadão de bem, que eu possa proporcion­ar a ele boas escolas, uma boa faculdade e que ele faça o mesmo pela família dele. Tudo que meus pais não puderam me dar quero pro

porcionar para ele. Vocêse tornou amigo dosjogador­es da Seleção, como Neymar, Gabigol. Como vocês se con h e c e r a m? Conheci eles através do meu amigão, o Nego do Borel, há pouco mais de um ano. Sempre que dá, a gente se encontra. Falamos de música, futebol. São todos guerreiros. Não gosto de falar disso para não parecer que quero explorar a imagem deles. Quando a fama vem, ela traz um monte de deitão, falador. Tento manter nossa amizade longe da mídia, dos holofotes. Mas sempre acaba saindo uma coisa ou outra na mídia. Posto foto com eles nas minhas redes, não há o que esconder, mas acho que agindo assim preservo as minhas novas amizades.

Há informaçõe­s de que o Neymar estaria se reconcilia­ndo com a Bruna Marquezine. Ele é seu amigo, falou algo sobre isso com você?

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