Em nome do clube
Presidente do Flu, Peter Siemsen diz que não poderia ser omisso
Opresidente do Fluminense, Peter Siemsen, não nega o constrangimento, mas garante que não poderia ter se omitido de brigar pelos direitos do clube no polêmico Fla-Flu de Volta Redonda, em que o árbitro Sandro Meira Ricci teria contado com ajuda externa para anular um gol irregular do Tricolor — o delegado do jogo teria confirmado que, pela TV, houve impedimento. Em campo, o time perdeu por 2 a 1, mas, na segunda-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ordenou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não homologue o resultado enquanto o caso não estiver 100% esclarecido.
“A questão está entre a irregularidade e a pena. A pena a ser aplicada seria a nulidade do jogo. O Fluminense não tem nenhum prazer em buscar anular jogos, em interferir na tabela. O Fluminense está apenas seguindo a legislação existen- te”, argumentou o dirigente.
“Preferia que o juiz tivesse marcado o impedimento, e o Fluminense tivesse a chance de manter a pegada no jogo e buscasse o empate. Foi muito ruim, muito triste. Lamento que o sistema brasileiro seja esse. Mas não posso deixar de defender os direitos do meu clube, dos meus torcedores. A irregularidade foi cometida, e cabe ao tribunal aplicar a legislação”, ressaltou Peter.
Ele garantiu que não há intenção de frear a arrancada do Flamengo em busca do título. Com a suspensão do jogo, a diferença entre o Rubro-Negro e o líder Palmeiras agora é de sete pontos. “O Fluminense não quer interferir na caminhada de qualquer clube, mas não pode participar de um jogo em que há uma irregularidade flagrante. Muitos da imprensa não concordam, mas eu entendo”, concluiu.