Em operação da Civil
Carlinhos Três Pontes resistiu à prisão e foi baleado por agente numa casa em Paciência
Um dos criminosos mais procurados do Rio e acusado de ser o responsável pela inédita ligação entre o tráfico de drogas e a milícia, Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, foi morto na madrugada de ontem, em uma operação da Polícia Civil. O chefão da Liga da Justiça, a maior milícia do país, acabou baleado no tórax após ser localizado na casa de uma das suas namoradas, na Rua Aporuna, em Paciência, na Zona Oeste. Três Pontes também é acusado de ser o mandante de três assassinatos de políticos na Baixada: o vereador Luciano DJ (PCdoB), em 2015, e os candidatos ao cargo de vereador Júlio Reis e Primo.
Segundo a polícia, o bandido entrou em luta corporal com um agente e chegou a pegar uma pistola que costumava deixar embaixo do travesseiro, mas foi baleado ao resistir à prisão. Na casa onde ele estava, foram apreendidos um fuzil AK-47, um revólver e uma pistola. O imóvel é luxuoso, em contraste com os outros da região. Três Pontes, que já teve envolvimento com o tráfico, é o principal responsável pela união de traficantes e milicianos, segundo a polícia. O Disque-Denúncia oferecia recompensa de R$ 1 mil por informações que levassem à sua captura.
Três Pontes chegou ao comando da Liga da Justiça após as prisões dos ex-PMs Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, e Toni Ângelo de Souza Aguiar, o Erótico.