Meiahora - RJ

Ministro alerta o Rio para situação de guerra

Jungmann discute plano de combate à violência, mas evita divulgar data da operação

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Oministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou uma ação das Forças Armadas “com caracterís­ticas inovadoras” para enfrentar o crime organizado que domina o Rio de Janeiro, mas alertou que“tempos extraordin­ários, decisões difíceis e extraordin­árias virão”.

“Se a sociedade do Rio quer enfrentar o crime organizado, sabemos que isso tem custos e que terá reação. Se você não quer ser só ostensivo, mas quer retirar a capacidade do crime ao ponto que chegou, vamos estar diante, o nome não é bom, de uma espécie de guerra”, disse o ministro.

A declaração foi feita, ontem à tarde, na sede do Comando Militar do Leste (CML), no Rio, após reunião com oficiais das Forças Armadas que integram o Estado Maior Conjunto para ações de apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública. Sem revelar quando começam as operações, Jungmann destacou que elas vão durar até o fim do Governo Temer e que as ações serão planejadas com base na inteligênc­ia (informação). Mas, o ministro avisou que a população não deve esperar “milagres e nem resultados imediatos”.

O ministro disse ainda que, desta vez, não vai usar a Garantia da Lei e da Ordem ‘clássica’, descartand­o a ocupação de favelas e o patrulhame­nto ostensivo das tropas nas ruas. Segundo ele, esse tipo de intervençã­o apenas inibe o crime organizado: “É o que nós chamamos de dar férias aos bandidos e o efeito se encerra quando as tropas se retiram”.

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Jungmann dá entrevista após reunião no Comando Militar do Leste: promessa de sufocar o crime

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