Taxistas dão um nó no trânsito
Protesto contra aplicativos causa tumultos e engarrafamento chega a 63 quilômetros no Rio
Mais uma vez o trânsito do Rio parou por causa de uma manifestação de taxistas contra os aplicativos de transporte em carro particular, como Uber, Cabify e 99. Além de algumas brigas e agressões a motoristas que tentavam passar pelos bloqueios dos manifestantes, houve, desta vez, confronto com a Polícia Militar em frente à Prefeitura, na Avenida Presidente Vargas, onde terminou o protesto, no fim da manhã. O prefeito Marcelo Crivella afirmou que pretende regulamentar os aplicativos, mas ressaltou que a decisão de como i sso será cabe à Justiça. Enquanto a confusão tomava conta do Centro, na Rodoviária Novo Rio alguns taxistas faziam a festa, cobrando valores abusivos por corridas.
De acordo com o Centro de Operações Rio ( COR), os engarrafamentos alcançaram 63 quilômetros por volta das 10h30, quando os manifestantes, que se concentraram desde a madrugada em diversos pontos da cidade, foram para a frente da sede da prefeitura.
A ameaça da Secretaria de Ordem Pública ( Seop), feita na quarta- feira, de multar quem fechasse vias deu pouco resultado. Apenas quatro taxistas foram autuados. As infrações, gravíssimas, custam R$ 5.869,40 e sete pontos na Carteira de Habilitação. Dois motociclistas foram flagrados pela Guarda Municipal, de madru- gada, espalhando pregos nos acessos ao Galeão, e os agentes recolheram também pregos no corredor do BRT, além de panfletos com frases ofensivas. O material foi encaminhado para a Delegacia do Galeão.
No acesso ao Aeroporto Santos Dumont, no Centro, manifestantes chegaram a atear fogo em pneus, também de madrugada, mas a via foi mais tarde liberada pelos guardas.