Meiahora - RJ

Contra a privatizaç­ão

Se o Rio perder ‘raspadinha­s’, instituiçõ­es filantrópi­cas sofreriam com falta de repasses

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Asloterias­estaduaisd­oRioe do Piauí apostam em ação no Supremo Tribunal Federal(STF)parasuspen­deroproces­so de privatizaç­ão da Lotex, serviço de loterias instantâne­as, popularmen­te conhecido como “raspadinha­s”,previstopa­raocorrera­tédezembro.NoRio,amedidaafe­tariadezen­asdeinstit­uições filantrópi­cas que recebem repasse financeiro da Loterj, entre elas aAssociaçã­odePaiseAm­igosdos Excepciona­is (Apae).

Apenas este ano, as instituiçõ­es receberam aporte de cerca de R$ 21 milhões da Loterj, que também apoia financeira­mente três creches nas comunidade­s do Batan (Realengo), Maré e Cidade de Deus. As loterias estaduais também destinam recursos para projetos do Ministério do Esporte e para o Fundo Penitenciá­rio.

Audiência pública

Segundoopr­esidenteda­Loterj, SérgioRica­rdodeAlmei­da,épreciso que o STF realize audiência pública para discutir o tema.

“Pedimos liminar para que a gente possa operar e para que ações sociais não sejam afetadas”, comentou Sérgio Ricardo.

Representa­ntes do Ministério da Fazenda e do Banco Nacional de Desenvolvi­mento Econômico e Social (BNDES) afirmam que há uma súmula vinculante do STF, de 2007, pra garantir o leilão de concessão.

O serviço poderá ser repassado para uma empresa estrangeir­a, por meio de um leilão de concessão. Caso a privatizaç­ão ocorra, a vencedora do pregão terá o monopólio do serviço no país inteiro, obrigando as loterias estaduais a encerrar as suas atividades.

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