Execução à luz do dia
Comerciante que havia se mudado do Rio por medo da violência foi morto com sete tiros
Pouco mais de 12 horas após chegar ao Rio de Janeiro, de onde havia se mudado por medo da violência, o comerciante José Heron de Moraes, de 47 anos, foi assassinado a tiros, na manhã de ontem, em Realengo, na Zona Oeste. A principal linha de investigação é de latrocínio (roubo seguido de morte). A Polícia Civil investiga se ele foi executado por ter sido confundido com um PM.
José Heron morava na Paraíba e tinha vindo ao Rio visitar uma filha que está internada para fazer uma cirurgia. Segundo Pedro Vieira, de 50 anos, irmão da vítima, ele foi rendido por três homens, na porta da casa onde estava hospedado, enquanto esperava um carro do Uber que o levaria até o hospital. De acordo com o relato de testemunhas, um dos bandidos mandou que o comerciante deitasse no chão e atirou sete vezes nele.
O comerciante morava na cidade de Bananeiras, na Paraíba. Ele havia se mudado do Rio de Janeiro há alguns anos justamente para fugir da violência. “Ele se mudou por conta da falta de segurança, chegou ontem à noite (segunda-feira) e aconteceu isso”, lamentou o irmão.
Levado para UPA
O motorista do Uber que levaria José Heron até o hospital chegou a socorrer o comerciante e levá-lo para a UPA Jardim Novo, sub-bairro de Realengo, mas ele não resistiu aos ferimentos. O motorista do aplicativo pediu para não ter a sua identidade revelada. José Heron era casado e tinha duas filhas. Até ontem, a família tentava agendar o enterro para o Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência.