Haja pulmão, amigo!
Para encarar a Bolívia em La Paz, Seleção Brasileira leva um cilindro de ar para cada titular
Amissão de ir à Copa do Mundo foi cumprida há três rodadas. A de ficar em primeiro lugar entre todas a seleções sul-americanas, há duas. Mesmo assim, o Brasil enfrenta a Bolívia, hoje, às 17h (de Brasília), dispostoamanterainvencibilidadenasEliminatóriassobocomando de Tite (oito vitórias e um empate) e quebrar uma escrita de 32 anos sem derrotar o rival na casa delespelacompetição—aúltima vitóriafoiem1985(2a0),emSanta Cruz de la Sierra. E a comissão técnicamontouumaestratégiaespecialparasuperarumadversário de peso no Estádio Hernando Siles: a altitude de La Paz.
A Seleção passará apenas oito horas na capital boliviana e levará um cilindro de ar para cada titular. A estratégia para superar os 3.640 metros de altitude e o ar rarefeito começou ontem, quando a delegação chegou a Santa Cruz de la Sierra, 400 metros acima do níveldomar.AidaaLaPazseráàs 14h10dehoje.Às22h30,ogrupo embarcaparaSãoPaulo,onde,terça-feira,recebeoChilepelaúltima rodada das Eliminatórias.
Segundo estudos, os efeitos da altitudesurgemdeseisaoitohoras apósoiníciodaexposição.Aideia équeissosóaconteçasóapósojogo.“Por isso vamos chegar em cima da hora. Vamos minimizar os sintomas. Alguns vão sentir mais, outros nem tanto”, explicou o fisiologistaLuizAntonioCrescente.
Osofrimentocomaaltitudede La Paz é frequente para a Seleção, derrotadanoúltimojogonacidade:Bolívia2a1,em2009,pelasEliminatórias para a Copa da África do Sul. Atualmente, os bolivianos vêm de quatro jogos sem perder em casa, sendo três vitórias.
Altitude à parte, o técnico Tite quer atitude. O lateral-esquerdo Marcelo, lesionado, dá lugar a Alex Sandro, o zagueiro Thiago SilvaentranavagadeMarquinhos ePhilippeCoutinhonadeWillian, formando o ataque com Neymar e Gabriel Jesus. O trio não era escalado desde novembro de 2016, nos 2 a 0 sobre o Peru, em Lima.