Fogo mata 36 em dois países
Incêndios provocam catástrofes
Trinta e seis pessoas morreram nos incêndios florestais que continuavam a atingir Portugal e a região vizinha da Galícia, na Espanha, ontem, após vários meses de seca e a passagem do furacão Ophelia. Ao menos 32 pessoas morreram em Portugal. As outras quatro foram na Espanha.
“As mortes ocorreram nos distritos de Coimbra, Castelo Branco, Viseu e Guarda, no centro e norte de Portugal”, afirmou a porta-voz da Defesa Civil, Patricia Gaspar.
Os incêndios também fizeram 56 feridos, entre os quais 16 estão em estado grave, segundo a mesma fonte.
No domingo, o país tinha 440 incêndios declarados, “o pior dia desde o início do ano”, relatou a porta-voz.
O primeiro-ministro português, Antonio Costa, declarou “estado de catástrofe” no país, onde durante toda a noite 5.800 bombeiros lutaram para apagar 26 incêndios de grandes proporções.
Nesta segunda, cerca de 3.000 bombeiros seguiam combatente sessenta focos de incêndio ainda ativos.
Também ontem, o chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy, acusou “incendiários” de estarem por trás da maior parte dos inúmeros incêndios na Galícia.
“O que estamos vivendo aqui é algo que não acontece por acaso, isso foi provocado por alguém”, declarou Rajoy a jornalistas daquele país.