CÂNCER DE MAMA
As mamas femininas sempre foram alvo de variadas simbologias nas diferentes culturas. Como órgão da amamentação, as mulheres que amamentavam eram reconhecidas e respeitadas — as ‘amas de leite’; as mamas também são importante símbolo da feminilidade, retratadas através dos tempos, eternizadas em obras de arte.
A campanha internacional ‘Outubro Rosa’ simboliza a luta contra o câncer de mama. Teve início no final do século XX, com o objetivo de mobilizar a população para a causa. O laço cor-de-rosa, símbolo da iniciativa, foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, em Nova York, em 1990. Era a largada de um movimento para desenvolver a conscientização sobre a doença, a prevenção por meio de mudanças de hábitos de vida, conhecimento dos fatores de risco, e proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento, com melhora na sobrevida do paciente e redução da mortalidade.
No Brasil, o câncer de mama — raríssimo entre os homens — responde por cerca de 20% dos novos casos de câncer a cada ano: mais de 57 mil brasileiras são acometidas pela doença, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Além de ser o câncer que mais afeta as mulheres no Brasil e no mundo — depois do câncer de pele —, o câncer de mama pode (e deve) ser diagnosticado precocemente e tem boa perspectiva de tratamento e de cura.
O controle da doença no país teve início em 1973, com a criação do Programa Nacional de Controle do Câncer (PNCC), iniciativa pioneira com foco nos cânceres femininos por meio de ações de prevenção e oferta de mamografias e exames preventivos do câncer de colo uterino. Em 1988, com a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), as ações de controle do câncer tornaram-se mais abrangentes e de âmbito nacional.
O ‘Outubro Rosa’ serve para lembrarmos a mulher que é preciso mudar hábitos, controlar o peso, observar o histórico familiar, prestar atenção ao corpo e às mamas, consultar o médico e fazer a mamografia.