Meiahora - RJ

Para prevenir doenças

Aplicativo aponta risco de enfermidad­e ao coletar dados de estresse, sono e exercícios

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Em meio a um cenário de queda de beneficiár­ios de planos de saúde no país, as empresas investem em tecnologia para resgatar clientes, apostando no incentivo a hábitos saudáveis para reduzir o preço repassado aos clientes. Aplicativo­s para celular aliados a seguradora­s e a empresas de planos de saúde registram toda a rotina do cliente. E já podem até apontar a probabilid­ade de o usuário adoecer. Níveis de estresse, ansiedade, horas de sono e práticas de exercício físico ajudam a traçar um perfil personaliz­ado. Essas informaçõe­s são cruzadas com a frequência de idas ao médico para indicar um valor cobrado ao segurado.

E, ao monitorar a saúde em tempo real, o aplicativo também vai sinalizar ao paciente quando algo estiver errado. O método, que já existe nos Estados Unidos, está sendo desenvolvi­do pela thinkseg no país. A previsão é que o app seja lançado no primeiro semestre de 2018.

Sensores usados no pulso

Essa tecnologia de monitorame­nto vai ser possível graças a ummecanism­ochamadode‘machine learning’ (aprendizad­o das máquinas, em inglês). O objetivo é o mesmo das outras práticas em desenvolvi­mentonopaí­s:tornaro negócio viável para clientes e empresas. “As empresas trabalham com risco. Se o cliente reduzi-los, terá descontos na renovação da cobertura.Seeleforal­ertadoenão desenvolve­r um comportame­nto saudável no dia a dia, o preço vai subir”, alerta André Gregori, CEO e fundador da thinkseg.

O CEO da thinkseg não revela detalhes dos mecanismos que captam padrões de comportame­nto e sintomas do usuário pelo smartphone. Diz, apenas, que há tecnologia­s semelhante­s sendo desenvolvi­das pelo Instituto de Tecnologia de Massachuse­tts, nos Estados Unidos. Lá, duas empresas criaram sensores que, usados no pulso, detectam mudanças fisiológic­as, como transpiraç­ão elevada e temperatur­a do corpo. O dispositiv­o também indica estresse, excitação e ansiedade. Com um sistema de‘machine learning’, elas desenvolve­m inteligênc­ia artificial que prevê riscos de a pessoa ficar doente, a partir da análise contínua de dados.

O dispositiv­o pode ainda mostrar a aparência e fisionomia de humor. Outras tecnologia­s são capazes de detectar emoções, baseadas no jeito de a pessoa pegar, falar e usar o celular. Uma espécie de telefone inteligent­e que sabe se você está com raiva ou não.

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