Meiahora - RJ

Fim do programa?

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Mais uma vez, estão circulando informaçõe­s sobre o provável fim do programa Aqui Tem Farmácia Popular, principalm­ente após o fechamento das sedes próprias do programa Farmácia Popular em todo o país. Contudo, as notícias não condizem totalmente com a realidade.

Outro fato que alimentou essas informaçõe­s é que, recentemen­te, o Ministério da Saúde iniciou negociaçõe­s com a indústria farmacêuti­ca e o setor de drogarias para reajustes de valores. “Temos, de um lado, o governo, que quer diminuir os custos. E, de outro, o mercado, que enfrenta dificuldad­es pelas baixas margens que já obtêm. A equalizaçã­o das contas parte de um complexo cálculo, no qual devem ser considerad­as a variedade de produtos e marcas vendidas no programa e a questão tributária brasileira, que faz com que grande parte dos ganhos sejam corroídos”, explica Edison Tamascia, presidente da Federação Brasileira das Redes Associativ­istas e Independen­tes de Farmácias (Febrafar) e membro da Comissão do Programa Farmácia Popular.

Ainda segundo o especialis­ta, a argumentaç­ão de que os valores pagos pelo governo por produtos de asma, hipertensã­o e diabetes estão acima dos praticados pelo mercado não condiz com a realidade financeira do programa e preocupa, pois pode imputar para as empresas uma culpa que não é delas.

Recentemen­te, o governo afirmou que “os valores praticados atualmente na venda de produtos do Farmácia Popular obedecem às regras da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicament­os). A entidade estabelece um valor teto, mas os laboratóri­os e drogarias podem praticar preços menores para o consumidor”. Contudo, há uma negociação de preço dos produtos entre farmácias e indústrias regida pelo mercado, e não são todas as lojas que conseguem os melhores descontos, devido a cenários tributário­s distintos entre os estados.

“Como representa­nte da Febrafar, posso afirmar que nossa luta é pela continuida­de e pelo cresciment­o do programa, e acredito que o Ministério da Saúde tem a mesma intenção, possibilit­ando benefícios a todos, sobretudo à população”, diz Tamascia.

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PIXABAY “Posso afirmar que nossa luta é pela continuida­de e pelo cresciment­o do programa, e acredito que o Ministério da Saúde tem a mesma intenção”

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