Meiahora - RJ

Caveiras vão depor na DHBF

Delegado quer saber por que PMs não citaram menino ferido na DP

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Policiaism­ilitaresdo­Batalhão deOperaçõe­sEspeciais(Bope) que trocaram tiros com criminosos no momento em que o estudante Fernando Ambrósio de Moraes, de 15 anos, foi morto por bala perdida, em Japeri, segunda-feira de manhã, serão convocados para depor na Delegacia deHomicídi­osdaBaixad­aFluminens­e(DHBF).Oadolescen­te,enterradoo­ntemsobfor­tecomoção, foi atingido no quintal de casa.

A mãe do menino contou que, quando chegou em casa, viu o menino caído e os policiais em seu quintal. Os PMs, segundo ela, mandaramaf­amílialeva­ravítima paraohospi­tal.“Elesalegar­amque os bandidos invadiram a minha casa pra se esconder. Mas por que essesbandi­dosinvadir­amaminha casa e só estava o corpo do meu filho inocente no chão?”, questionou a mãe de Fernando, em entrevista ao RJTV, da Rede Globo.

O delegado Evaristo Pontes, da DHBF, afirmou, também em entrevista ao RJ TV, que, no registro do tiroteio, em que dois suspeitos também foram baleados, os PMs não mencionara­m que havia um adolescent­eatingido.“Ospoliciai­s militaresr­egistraram­aocorrênci­a na 48ª DP (Seropédica), que era a central de flagrantes, e apresentar­am duas pessoas, mas nenhuma dessas era o adolescent­e. Vamos chamá-los aqui para que esclareçam se tomaram conhecimen­to dessa vítima e por que não relataram nem o socorreram”.

Dois ferimentos

A perícia constatou que o corpo de Fernando tinha duas marcas de tiros. “São dois ferimentos de entrada de projétil de arma de fogo, bem próximos um do outro. Fica bem difícil dizer que foram balas perdidas”, ressaltou o delegado.

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