Clássico sem fronteiras
Rivais cariocas iniciam hoje duelo pela Sul-Americana. Ídolos gringos matam saudade
FluminenseeFlamengofazem hoje,às21h45,noMaracanã, o jogo de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana. O mando de campo é do Tricolor e vale a regra do gol fora de casa no mata-mata, apesar de os dois jogosaconteceremnomesmolocal. A partida de volta será na quartafeira da semana que vem (dia 1º). Quem avançar vai enfrentar Junior Barranquilla-COL ou Sport Recife, cujo duelo será iniciado amanhã, na Ilha do Retiro.
O clássico mais charmoso do Brasil guarda na memória protagonistashistóricos,comooargentinoFilloleoparaguaioRomerito, que ajudaram a escrever algumas dasmaisbelaspáginasdoFla-Flu.
“Jogar no Flamengo foi um presente que o futebol me deu, algo maravilhoso. É impossível explicar. Disputar um Fla-Flu então... Nunca vivi um jogo assim, com tamanha mística. Foi um marco na minha carreira”, avalia Fillol, hoje com 67 anos. Como goleiro, foi campeão mundial pelaArgentina,em1978,edefendeu a meta rubro-negra entre 1984 e 1985—foram71jogos,com40vitórias,20empates,11derrotaseos títulosdaTaçaGuanabarade1984 e da Taça Rio de 1985.
Recordar é viver, também, paraoex-meiaRomerito,de57anos. “Minhasmelhorespartidasforam contra o Flamengo. Os gols eu fazia no Vasco”, frisa, saudoso do que define como o maior clássico do mundo.“O que mais marca no Fla-Flu é a torcida, a sua magia,suascores.E,claro,otítuloque ganheiemcimadoFlamengo,em 1984”, frisa Don Romero, campeão da Copa América de 1979 com o Paraguai e que defendeu o Flu entre 1984 e 89 — fez 212 jogos,com105vitórias,71empates, 36derrotas,faturandodoisCariocas(1984-85)eumBrasileiro(84).