É o fim da picada, Fluzão!
Clássicos são uma pedra na chuteira. É hora de mudar o cenário para avançar na Sula
Aderrota para o Flamengo no clássico de quartafeira, por 1 a 0, no Maracanã, deixou o Fluminense com uma missão difícil na luta por uma vaga nas semifinais da Sul-Americana: ter que vencer o arquirrival no tempo normal, o que não consegue há oito jogos. Para ao menos levar a decisão aos pênaltis, quarta-feira que vem, no mesmo local, o Tricolor terá de devolver o placar do jogo de ida.
A última vitória do Fluminense nos 90 minutos diante do Fla foi no dia 26 de junho do ano passado, na Arena das Dunas, em Natal, pelo primeiro turno do Brasileirão. Desde então, o time perdeu quatro jogos e empatou outros quatro — um desses empates, porém, foi na final da Taça Guanabara deste ano em que o Flu saiu vitorioso nos pênaltis (4 a 2).
“Não vencemos o Flamengo ainda este ano. Mas todos os jogos foram difíceis. Se você perguntar do lado deles, com certeza vão dizer que estão enfrentando páreo duro. Em alguns jogos tivemos na frente do placar, mas faltou um pouquinho de experiência, de segurar um pouco a bola. Quem sabe essa vitória vem na hora certa, com a classificação. Ainda está em aberto”, disse o atacante Henrique Dourado.
Os clássicos, inclusive, têm sido uma pedra na chuteira dos comandados do técnico Abel Braga este ano. Em 12 disputados, o time perdeu seis, empatou três e venceu três. As vitórias foram apenas pelo Campeonato Carioca — duas sobre o Vasco, por 3 a 0, e uma sobre o Botafogo, por 3 a 2. A última, sobre o Vasco, foi na semifinal do Estadual, no dia 22 de abril, há mais de sete meses.
Para encerrar os dois jejuns, Abel Braga espera que o time repita a postura do segundo tempo do Fla-Flu, quando se recuperou de um péssimo primeiro tempo e quase empatou. “Poderíamos ter empatado. Não está decidido, mas tem um grande time do outro lado. É muito qualificado. Temos uma garotada que tenta superar tudo. Tivemos coisas boas”, disse o treinador.