Meiahora - RJ

Emoção, revolta e dor no adeus

Parentes choram os mortos e MP pede explicaçõe­s

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OGrupo de Atuação Especializ­ada em Segurança Pública do Ministério Público (Gaesp/MPRJ) solicitou à Polícia Civil um relatório sobre a operação da Coordenado­ria de Recursos Especiais (Core) no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, que terminou com sete mortos e seis feridos, na madrugada de sábado. Segundo o MPRJ, o chefe de Operações da corporação, Fernando Albuquerqu­e, se compromete­u a entregá-lo amanhã. A operação contou com apoio de militares do Exército.

Parentes de Marcelo da Silva Vaz, de 31 anos, e Márcio Melani Sabino, de 21, enterrados ontem no Cemitério do Pacheco, em São Gonçalo, classifica­ram a ação de “terrorista” e “uma carnificin­a”. Segundo eles, policiais encapuzado­s chegaram atirando contra os presentes no baile e não teria havido confronto. A Polícia Civil afirma que houve resistênci­a armada de criminosos.

Marinalvo Santos Silva, 53, tio de Marcelo, disse que o sobrinho nunca teve envolvimen­to com o crime e trabalhava como motorista de um aplicativo de transporte. “Quem foi o comandante que autorizou uma operação para matar um bando de gente? Esse cara é um terrorista amparado pelo poder público”, questionou. A mãe de Marcelo, Marcia Santos Silva, 50, contou que o filho saiu da casa dela, no Porto da Pedra, às 19h30, e foi ao Salgueiro beber com um amigo. “Meu filho era trabalhado­r”.

Um tio de Márcio Melani, que não quis se identifica­r,disse que os policiais atiraram aleatoriam­ente e o número de mortos teria sido maior que o divulgado:“Foi uma carnificin­a.Foramláesa­írammatand­o todo mundo”. Os parentes afirmam que os corpos foram removidos sem perícia.

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Familiares no enterro de Márcio Sabino: em busca de respostas

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