CONSUMO
Romy Tokarski, CEO da RTK Indústria, detentora da marca Naiak, que comercializa o item.
O óleo de avestruz é outra sensação do momento. Extraído da banha da ave, ele contém um mix dos ômegas 3, 6, 7 e 9, além de antioxidantes e vitaminas A e E. “O composto aumenta a imunidade, a libido e a energia. Também melhora a memória, combate inflamações silenciosas no organismo e modula os níveis de triglicerídeos, colesterol e glicose no sangue”, explica o médico ortomolecular e oftalmologista José Henrique Tamburini.
Para tratamento — em casos de glaucoma, artrite, blefarite e doença de Parkinson —, ele indica uma gota por quilo de peso corporal em três porções divididas ao longo do dia. Para prevenção, a quantidade cai pela metade. “Há risco de ocorrência de diarreia, o que exige a diminuição da dosagem. É sempre bom ter a orientação de um médico”, completa Tamburini. Distribuído no Rio de Janeiro pela Amazon Origin, o produto também existe na versão creme, para hidratação da pele e cura de feridas.
Segundo o nutrólogo Carlos Alberto Werutsky, da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), é preciso atenção especial ao consumo de cápsulas das vitaminas A, D, E e K, que são lipossolúveis. “Elas podem se acumular no tecido adiposo e causar intoxicação”, afirma. “Se a ingestão desses nutrientes é feita por meio de alimentos, por mais que a pessoa coma, ela não vai se intoxicar porque há uma interação com outros ingredientes, o que dá certa proteção. No momento em que se isola a substância, ela fica hiperconcentrada e passa a oferecer perigo”, acrescenta. Para prevenir efeitos colaterais, Werutsky reforça a importância do acompanhamento de médico ou
nutricionista. No caso das vitaminas hidrossolúveis, como as do complexo B, o uso indiscriminado traz risco alérgico a predisponentes ao problema.
Especializada na produção de doces com baixo teor de carboidratos, a Fit Cookies Rio de Janeiro oferece delícias como brigadeiro e beijinho enriquecidos com colágeno hidrolisado. Em 150 gramas do produto, há 7,5 gramas da proteína que dá firmeza à pele e é essencial à saúde das articulações. Segundo a sócia da marca, a administradora Renata Sant’Angelo Lanceiro, as receitas de todos os produtos — há ainda pastas, patês e barras de proteínas — e as dosagens dos ingredientes — polidextrose e whey protein entram nas composições, que não têm lactose, glúten, açúcar, soja e conservantes — foram definidas com a ajuda de um nutricionista. “Nossos alimentos são funcionais e sem contraindicação. Mas só quem pode dizer o quanto a pessoa pode comer é o especialista”, destaca Renata.
De acordo com a nutricionista clínica e esportiva Natália Eudes, da Clínica Nutriness, o colágeno é absorvido no organismo como qualquer outra proteína. Dessa forma, ao ser metabolizado, ele é “quebrado” em vários aminoácidos, como são chamadas suas partes constituintes, que vão precisar se juntar para reconstituir a unidade proteica. A especialista afirma, no entanto, que a suplementação diária de colágeno deve ser de dez a 20 gramas para proporcionar benefícios. “Além disso, é importante que o paciente tenha uma dieta rica em proteínas como um todo. Caso contrário, o suplemento não vai alcançar o alvo e será desviado para outras funções”, sublinha a doutora em Nutrição pela Universidade de São Paulo (USP).