A versão de Assumpção
Ex-presidente do Fogão depõe na DP: ‘Não tenho nada a temer’
Ex-presidente do Botafogo, Mauricio Assumpção prestou depoimento ontem na 5ª DP (Centro do Rio). Ele foi intimado sob acusação da atual diretoria, comandada pelo presidente Carlos Eduardo Pereira, de ter causado prejuízo ao clube com supostas irregularidades de gestão, incluindo o caso da interdição do Engenhão (rebatizado de Estádio Nilton Santos), de março de 2013 a janeiro de 2015.
A acusação é de que a interdição, por danos na estrutura da cobertura da arquibancada do estádio, tenha sido em benefício à Odebrecht.Aconstrutora,quedetém 95% do consórcio gestor do Maracanã, emprestou na ocasião R$ 20 milhões ao Botafogo.
“Estou extremamente tranquilo porque não tenho absolutamente nada a temer em relação a esse empréstimo. Tudo foi feito dentro da maior clareza, licitude e transparência possível”, disse Assumpção, que foi expulso do quadro de sócios do Botafogo no ano passado.
O ex-presidente alvinegro acrescentou:“Eu como presidente do Botafogo recebi uma determinação do prefeito à época (Eduardo Paes) fechando o estádio, e o prejuízo foi todo do Botafogo. Isso que posso te responder.”
Mais endividado do país
A atual gestão do clube, a ser trocada nas eleições do próximo dia 25, pede uma indenização de R$ 50 milhões alegando, além do prejuízo com a interdição do Nilton Santos, outros danos como os causados por não pagamento de impostos e de obrigações trabalhistas. O Botafogo é o clube mais endividado do país, com dívida que ultrapassa os R$ 700 milhões.
“Estava chateado com tudo o que estava sendo acusado, mas agora estou tranquilo porque estou no fórum adequado para responder o que tenho que responder”, disse Assumpção.