Justiça prende e Alerj decide hoje se solta
Picciani, Paulo Melo e Albertassi são acusados de levar R$ 135 mi dos donos de ônibus
Opresidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, e os também deputados estaduais Paulo Melo (ex-presidente da Casa) e Edson Albertassi, todos do PMDB, chegaram no início da noite de ontem à Cadeia Pública de Benfica, após terem a prisão preventiva decretada pela Justiça na Operação Cadeia Velha, que apura favorecimento a empresas de ônibus no estado. No local, estão todos os presos da Operação Lava Jato no Rio, incluindo o ex-governador Sérgio Cabral, ele também ex-presidente da Alerj. Juntos, os três ex se revezaram na presidência da Alerj por 22 anos.
Em sete anos, segundo documentos analisados pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Picciani, Melo e Albertassi teriam recebido R$ 135 milhões em propinas de empresários do setor, em parte a pedido de Cabral, que hoje faz um ano preso.
Segundo a legislação estadual, caberá à Alerj manter ou não a prisão deles.Uma sessão extraordinária está marcada para hoje, às 15h. Partidos da oposição e servidores públicos do Estado, com salários atrasados, convocaram manifestações. Para o deputado Eliomar Coelho (PSOL),a maioria da Alerj é aliada aos três deputados presos, o que indica uma tendência para a decisão de soltura dos peemedebistas. Mas, segundo Eliomar, a presença popular, nas ruas, poderá fazer diferença.“Esperamos que essa pressão dê resultado e os deputados percebam que precisam atender à população”, afirmou.