Com provolone na cueca
Preso no regime semiaberto, deputado é flagrado na Papuda
Preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) da Papuda, em Brasília, desde junho de 2017, depois de ser condenado a sete anos e dois meses de reclusão pelos crimes de falsificação de documento público e dispensa de licitação, em 2003, quando era prefeito de Três Rios, o deputado federal Celso Jacob (PMDB) foi flagrado entrando na cadeia com um queijo provolone e dois pacotes de biscoito escondidos na cueca, no último domingo. Ele cumpre pena em regime semiaberto mas, por decisão da Câmara, não perdeu o mandato — durante o dia, dá expediente no Congresso e, à noite, volta para dormir na prisão.
De acordo com o relatório da direção do presídio, o deputado-presidiário, de 60 anos, havia saído no sábado e voltado no domingo, um direito que os internos desse tipo de regime têm. No retorno, durante a revista de rotina, os agentes penitenciários encontraram, escondido na cueca de Celso Jacob, um pacote de queijo provolone desidratado. Indagado se havia mais alguma coisa, ele teria dito que não e que “estava com fome e não iria mais tentar entrar com alimentos”. Logo em seguida, os agentes encontraram um pacote de biscoitos light e um de biscoitos caseiros. O desvio de conduta rendeu ao deputado-presidiário a punição de sete dias no isolamento.
Por e-mail, a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF) confirmou o flagrante: “A Vara de Execuções Penais (VEP), do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), já foi comunicada do fato. Também foi aberto um inquérito disciplinar para apurar o caso”, diz a nota. procurado, o advogado de Celso Jacob não retornou as mensagens nem ligações da reportagem.