Porta arrombada
Roubo de dados do Uber será investigado nos EUA
Oprocurador-geral do estado americano de Nova York, Eric Schneiderman, abriu ontem uma investigação para apurar o caso de ataque cibernético ao serviço de transporte privado Uber. Na terça-feira, a empresa admitiu que hackers roubaram os dados de 57 milhões de usuários do aplicativo em todo o mundo, no final de 2016.
Entre esses 57 milhões de usuários, há 600 mil motoristas, cujos nomes e números de carteiras de habilitação foram roubados. Os hackers tiveram acesso aos nomes dos usuários, assim como seus e-mails e números de telefone, informou o executivo-chefe do Uber, Dara Khosrowshasi, em nota oficial.
Baseado em uma investigação externa, o executivo afirmou que a informação sobre os trajetos realizados, os números de cartões de crédito e contas bancárias, os números de seguridade social e datas de nascimento dos usuários não foram roubados.
Já o gabinete de Schneiderman não forneceu detalhes sobre o objetivo preciso da investigação, mas, em janeiro de 2016, o Uber havia feito um acordo com a Justiça americana sobre a proteção dos dados de seus clientes.
Essa é a segunda investigação de ataque cibernético da qual o Uber é objeto em Nova York. Em 2014, a empresa que opera o aplicativo pagou multa de mais de R$ 60 mil por não ter revelado de imediato o caso às autoridades. A revelação do novo ataque é mais um golpe à reputação da empresa, que tenta deixar para trás as acusações de falhas na verificação de antecedentes criminais de seus motoristas e de abusos sexuais dentro da companhia, segundo a agência de notícias AFP.