Medo, tensão e mortes
Após Rogério 157 rodar, dois suspeitos e um mototaxista são mortos na Rocinha
Atensão e o medo voltaram a dominar a Rocinha logo depois da prisão de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, quarta-feira. Novos tiroteios foram registrados na comunidade de São Conrado, horas após o traficante rodar no Parque Arará, em Benfica. Ele divide o domínio da favela na Zona Sul com o bando de Antonio Bonfim Lopes, o Nem. Entre a tarde de anteontem e a madrugada de ontem, dois suspeitos e um mototaxista foram mortos na Rocinha.
Segundo a PM, os suspeitos teriam participado de confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na Rua 2. Eles ainda foram levados para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, onde chegaram mortos. Um deles seria o responsável pelo recolhimento do dinheiro de extorsão de mototaxistas.
Segundo a PM, com os suspeitos foram apreendidos pistola Glock 9 mm com numeração raspada, pistola calibre 380, granada, 34,5 quilos de maconha em tabletes, carregador e munição para fuzil.
Inocente não resistiu
O mototaxista Vitor Hugo Fernandes Mesquita, 26 anos, deu entrada baleado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da comunidade e também não resistiu. A ocorrência foi registrada na Divisão de Homicídios da Barra da Tijuca.
Rogério 157 foi preso por policiais civis dentro de casa no Arará, a 200 metros da Cadeia de Benfica, onde o ex-governador Sérgio Cabral está preso. O bandidão virou “celebridade”, e delegado e agentes fizeram fila pra tirar foto ao lado do traficante, que já começa a ser chamado de Rogério ‘um-cinco-selfie’.
As investigações para achar 157 teriam começado há dois meses, quando os policiais mapearam os possíveis locais onde o traficante estaria escondido.