Meiahora - RJ

Agonia que não acaba

Funcionali­smo passa o dia na expectativ­a de receber atrasados. Muitos não conseguira­m

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Odia de ontem foi de muita expectativ­a e agonia para os servidores estaduais. Após reviravolt­a na Justiça do Trabalho, o Estado do Rio, enfim, conseguiu liberar, à tarde, o pagamento dos atrasados referentes ao décimo terceiro de 2016 e o salário de outubro, conforme previsto anteriorme­nte. A correria levou o funcionali­smo a conferir a todo instante se os valores caíram na conta. Nas redes sociais das categorias, o assunto dominava e os relatos eram variados sobre quem havia recebido ou não.

A ameaça de os pagamentos não saírem começou com liminar proferida na terça-feira pela 57ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 1ª Região, que suspendeu o processo de privatizaç­ão da Cedae. Isso porque a quitação dos atrasados foi feita com parte (R$ 1,8 bilhão) do empréstimo contratado com o BNP Paribas, que tem justamente as ações da companhia estadual como contragara­ntia, além do aval da União. E só depois que a Procurador­ia Geral do Estado conseguir cassar a decisão — com recurso feito à presidênci­a do tribunal — é que o montante foi liberado para o depósito dos atrasados.

Em meio a esse cenário, a ansiedade imperou. A Secretaria de Fazenda informou que cumpriu todos os procedimen­tos para que os salários (13º de 2016 e outubro de 2017) caírem na conta na quarta-feira. No entanto, até o fechamento desta edição, servidores de algumas categorias, como Polícia Civil, e aposentado­s da Educação, não haviam recebido.

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