Câmeras acabam com carteiradas
Gravações nas operações da Lei Seca reduzem o uso da famosa frase: ‘Sabe com quem tá falando?’
Desde que a Operação Lei Seca passou a filmar abordagens, as tentativas de “dar carteirada” acabaram. Antes mesmo de autoridades, celebridades e afins exigirem algum privilégio ou vantagem em razão do cargo, profissão, condição financeira ou social, os agentes vão logo informando que a blitz está sendo gravada, o que desestimula a condenável prática do “sabe com quem está falando?”, segundo o coordenador da Lei Seca, coronel Marco Andrade.
“A sociedade tem que rever seus hábitos. O agente da Lei Seca é um servidor público e merece ser tratado com respeito”, defendeu Andrade. A filmagem das abordagens começou em agosto. São cerca de 50 câmeras de pequeno porte acopladas ao colete dos agentes e uma outra, um pouco maior, monitora toda a movimentação na tenda, onde os documentos do motorista abordado são checados e onde é realizado o teste com o bafômetro.
As câmeras captam o áudio interno e externo da tenda. Imagens geradas são monitoradas, em tempo real, por uma central 24 horas que funciona no prédio anexo do Palácio Guanabara. Através de um aplicativo, o coordenador da Lei Seca também pode acompanhar o desenrolar da Operação de qualquer lugar. A filmagem permite aferir qualidade do serviço e pode ser usada para treinar a equipe. A gravação fica armazenada por 5 anos.