Ano novo, rotina velha na Rocinha
Moradores entram em 2018 ao som de tiros. Um PM e um bandido ficaram feridos em tiroteio
Aprimeira manhã de 2018 foi ao som de tiros na Rocinha, a favela mais populosa do Rio, com 70 mil moradores. De acordo com a Polícia Militar, agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local e do Batalhão de Polícia de Choque faziam patrulhamento quando perceberam a presença de criminosos armados na localidade do Lajão.
Durante o tiroteio, um policial ficou ferido e foi socorrido para o Hospital Miguel Couto. Seu estado de saúde não foi divulgado. Cerca de uma hora depois, PMs do 2º BPM (Botafogo) foram chamados à UPA do bairro, onde um homem baleado foi internado. Após consulta em um banco de dados criminal, foi constatado que o ferido tinha dois mandados de prisão por ter participado da invasão na Rocinha, em setembro do ano passado, além de anotações por tráfico na mesma comunidade. Seu nome não foi informado e, o caso, encaminhado à 10ª DP (Botafogo).
Nas redes sociais, moradores comentaram os momentos de tensão na comunidade. “É inacreditável o que está acontecendo na Rocinha, maior zona de guerra que existe hoje no país”, escreveu um internauta.
Desde setembro, a Rocinha convive com uma disputa entre grupos ligados a duas lideranças do tráfico de drogas. Antônio Bonfim Lopes, o Nem, e Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157. Ambos estão presos.
UMA tentativa de assalto a ônibus acabou mal, ontem, para o bandido. Policiais militares encontraram o suspeito amarrado dentro do coletivo 773 (Cascadura-Pavuna) em Guadalupe, na Zona Norte. Testemunhas contaram que ele, bêbado, tentou assaltar o motorista com uma faca, mas foi imobilizado pelos passageiros.
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