ATÉ QUANDO?
Mais uma vez, eu venho aqui falar sobre as tempestades de verão. Basta chover um pouco mais que o normal que o caos se instaura e os alagamentos começam a surgir em tudo que é canto no estado. Estamos perdendo de 10 a zero, porque nossa infraestrutura e conservação não aguentam a pressão das águas. Estamos perdendo de lavada, literalmente. Quem já passou perrengue ilhado no meio da rua entende bem o cenário que eu estou descrevendo. Fica um bundalelê danado quando a chuva vem com vontade. Ninguém merece e o pior é que este cenário se repete todos os anos. Nem a região da Praça da Banheira, quero dizer, da Bandeira, na Zona Norte, teve seu problema resolvido depois da construção dos três reservatórios na grande Tijuca. A população está cansada de sofrer. Entra gestão, sai gestão e o poder público não faz o dever de casa direito. A primeira coisa para evitar essas inundações é desobstruir as galerias de águas pluviais periodicamente. Não adianta achar que limpando uma ou duas vezes por ano o problema estará resolvido. Tenho certeza que os garis não medem esforços para garantir uma boa limpeza, mas só o trabalho deles não é suficiente. Assim como também não adianta só colocar a culpa na ausência do estado, amigo. Por exemplo, você sabe o que acontece com o papel que você joga na rua? Ou as folhas que você varre e joga no bueiro? Elas causam o entupimento da rede de esgoto e aí o problema começa. O bueiro é o ralo da rua, se ele entupir ferra tudo. Manter a cidade limpa é responsabilidade de todos nós, não só das autoridades. O lixo que você joga de qualquer jeito e qualquer lugar, sem estar embalado, é o mesmo lixo que vai acumular na boca do bueiro e impedir que a água escoe como deve. Não tem jeito, amigo. A cidade é nossa. É de todos nós. Precisamos colaborar e fazer a nossa parte. Tá falado!