‘Nem é para humilhar’
Vinicius se espelha nos ídolos Neymar e Falcão para não perder a alegria de jogar
Aos 17 anos, Vinicius Junior jogacomalegria,enquanto encaraamarcaçãodopoliticamente correto. No drible que fez o zagueiro Kadu se machucar sozinhoenalambretamal-sucedida,ambosnavitóriapor2a0sobre o Boavista, domingo, que deu ao FlamengootítulodaTaçaGuanabara,oatacanterevelouasuairreverência.Damesmaforma,comemorou à moda chororô ao selar o triunfopor3a1diantedoBotafogo, pela semifinal, o que fez o Alvinegro vetar o Engenhão para a decisão de dois dias atrás. Alguns lances mais abusados, por vezes, despertam a fúria de adversários.
“Está muito chato. Às vezes nem é para humilhar ninguém, é sóparamanterofutebolbrasileiro. Neymar(doParisSaint-Germain) e Falcão (do futsal) sempre me falaramparanuncaperderaalegria dejogaresemprepartirparacima dos adversários”,dizVinicius,que segue à risca os conselhos de seus ídolos, craques na arte do drible.
A repercussão da comemoração contra o Botafogo e a represália da diretoria alvinegra surpreenderam o garoto. Dono de um sorriso fácil, ele prefere pedalar e passar por cima do ocorrido.
“Fuicomemorarcomaminha torcida, não provoquei ninguém. Foi no calor do jogo, mas não fico vendo muito essas coisas. Bola para frente. Já passou, é pensar no próximo jogo”, relembra o menino,quenãosearrependedoepisódio:“Foinocalordojogo.Aalegria dejogarquetenho,enascomemorações, eu não perderei nunca.”
AvelocidadequeViniciusemprestaaotimesóperdeparaarapidez da sua venda ao Real Madrid, concretizada antes de estrear pelo profissional, por R$ 165 milhões. Por contrato, ele deve ir para a Espanha em julho, mas ainda pode ficar no Fla até o fim do ano.