BALANÇO POSITIVO
As 26 redes de farmácias afiliadas à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) movimentaram R$ 44 bilhões em 2017. Um aumento de 9% em relação ao ano anterior. O resultado continua acima da média do varejo nacional, cuja alta foi de 1,5%. Embora representem menos de 10% do total de farmácias no país, as redes associadas à entidade concentram 41% do faturamento do setor.
Para Sérgio Mena Barreto, presidente executivo da Abrafarma, o investimento em logística, distribuição e abertura de novas lojas é o principal responsável pela expansão. “A capilaridade e o maior poder de negociação com a indústria permitem comercializar produtos a preços mais competitivos. Além disso, deve-se considerar as estratégias para reter os clientes, como programas de fidelidade, e-commerce e sistemas de TI para mapear hábitos de consumo”, acrescenta.
Entre janeiro e dezembro de 2017, os remédios, especialmente os de prescrição médica, mantiveram-se como principais responsáveis pelo resulta- do. O comércio de medicamentos totalizou R$ 30 bilhões, um aumento de 9,34% em relação aos 12 meses anteriores. Já a venda dos não medicamentos, como itens de higiene, cosméticos, perfumaria e conveniência, contabilizou R$ 14 bilhões — um acréscimo de 7%. Mais de 2,3 bilhões de unidades de produtos foram comercializados neste período.
“Essa categoria de produtos é um termômetro claro da desaceleração no índice de crescimento. Mas a recuperação da economia e a retomada do consumo das famílias marcará novamente uma alta na demanda por itens de bem-estar e conveniência, contribuindo para aumentar a participação das associadas com avanços de dois dígitos”, explica Barreto. Já o segmento de genéricos movimentou R$ 5 bilhões, com alta de quase 7% sobre 2016. Ao todo, foram vendidas mais de 322 milhões de unidades.
No período de um ano, o número de lojas aumentou 7%, passando de 6.763 para 7.240 unidades. Já o número de contratações subiu 3,24%, saltando de 119.631 para 123.303 funcionários e colaboradores. Os dados são da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP).